''Recado mais importante é que eleitor não quer hegemonismo, quer diversidade''

PUBLICIDADE

Por Guilherme Scarance
Atualização:

Em entrevista ontem à TV Estadão, o cientista político José Álvaro Moisés, professor titular da USP, disse que o recado mais importante do eleitor foi de que ele não aceita hegemonia. Os principais trechos: Assista à integra da entrevista com José Álvaro Moisés, da USP CORRELAÇÃO DE FORÇAS "No período pré-eleitoral se anunciou uma grande vitória do PT e do presidente Lula. Era como se essa coalização fosse ganhar hegemonia total no País, uma mexicanização. Isso não aconteceu. O recado mais importante do eleitor é que ele não está muito ligado a hegemonismo, quer diversidade. Fortaleceu diferentes forças políticas, de diferentes partidos, e deu um sinal para 2010 bem mais complexo do que se imaginava." VITÓRIA DE KASSAB "A administração foi bem-sucedida, bem avaliada e se expandiu também para a periferia. A bandeira de que o PT é o único partido que faz ação social, políticas nessa área, ficou diluída." BASE SOCIAL "Nas pesquisas prévias, Marta tinha preferência entre eleitores de até dois salários mínimos. Os trabalhadores industriais, de serviço, ganham mais que isso. Há uma base social que foi perdida pelo partido." PMDB, A NOIVA "É um enigma. Tem base, força, máquina importante, governadores importantes, grande número de prefeitos e vereadores, mas não tem suficiente liderança nacional. Falta um líder. E não tem grandes propostas." QUEM GANHOU "Acho que as grandes lideranças são José Serra, Aécio e Neves e outros governadores. Lula se empenhou desnecessariamente, perdeu muito e ganhou muito pouco." REELEIÇÃO "O que contou na reeleição foi o olho do eleitor em quem efetivamente realizou. Isso empurra a política brasileira para um padrão de mais eficiência, mais eficácia."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.