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''Rebelião'' rendeu novos cargos no governo FHC

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Por Redação
Atualização:

O PMDB Alien que povoa a Esplanada dos Ministérios há 16 anos é sempre maior do que os partidos dos governos que habita. Assim é com o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assim foi com o PSDB de Fernando Henrique Cardoso. A disputa por espaços de poder é permanente, mas se intensifica em tempos de crises políticas e econômicas, quando a queda-de-braço produz mudanças pontuais no Executivo federal e reformas no ministério. É com o cacife reforçado pelas urnas e pela crise financeira internacional que o PMDB se movimenta agora para ter as presidências da Câmara e do Senado. Apesar de a bancada de senadores ter avisado que não abre mão do comando do Congresso, o PT vê mais uma barganha na movimentação, a exemplo do que ocorreu em 2001, quando o PMDB avaliou que Fernando Henrique Cardoso não faria seu sucessor. À época tão forte em números como atualmente e sem candidato viável ao Planalto, o PMDB ensaiou uma rebelião contra Fernando Henrique. Não para desembarcar da administração tucana, mas para entrar mais e só sair aos 45 minutos do segundo tempo e, rachado, embarcar, aos poucos, na canoa vitoriosa de Lula. Um enredo que parece reescrito em 2008. Após muita pressão, o partido emplacou Ramez Tebet na pasta da Integração Nacional. No dia seguinte à posse, Maguito Vilela, presidente do PMDB, convocou os três ministros do partido a deixar o cargo. Quem respondeu a Maguito foi o senador Romero Jucá (RR), que trocou o PSDB pelo PMDB e, passados sete anos, ocupa o mesmo cargo de líder do governo. Atribuiu a pregação do rompimento a motivações regionais. Em 2001, como faz hoje, Jucá defendeu a permanência do PMDB na base governista.

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