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Rebelião dos presos reativa comissão na Câmara

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise penitenciária em São Paulo vai reativar, na Câmara, a Comissão Especial de Segurança Pública. Ela foi criada no ano passado para discutir propostas para o setor, mas acabou sendo esvaziada a partir do início da campanha para as eleições municipais. A primeira reunião já está marcada para o dia 7 de março, quando será estabelecido o calendário de debates com autoridades de segurança pública do País, Ministério da Justiça e especialistas. O primeiro convidado deverá ser o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Marco Antônio Petreluzzi. Fórum "Será um fórum para discutir a questão da segurança pública em todo o País, inclusive a crise penitenciária", disse, nesta quarta-feira, o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo ele, a idéia é apresentar propostas e reunir projetos importantes em tramitação na Casa que tratem do tema. "A Comissão vai discutir todo o sistema, com decisões que também podem servir para São Paulo", informou Aécio. A comissão terá prazo determinado para apresentar propostas e um dos assuntos iniciais serão os fatos recentes relacionados ao sistema carcerário do País. Dúvidas Alguns parlamentares, no entanto, acham que a reativação da comissão especial pode não surtir efeito algum. "Toda a vez que há um episódio de grave repercussão, surge uma onda de debates", observou o líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira (RJ). "No ano passado, foi realizada uma comissão geral (um debate no plenário da Câmara) que não deu em nada." O ex-relator da CPI do Narcotráfico, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), também quer uma comissão para discutir a segurança pública, mas sua proposta é de um fórum permanente que acompanhe e auxilie o governo no combate ao crime organizado e o narcotráfico. Nesta quarta-feira, o deputado disse já ter obtido a assinatura de todos os líderes dos partidos pela instalação da comissão permanente. "Ou se cria uma comissão permanente ou se brinca de enfrentar o crime", afirmou. Aécio Neves disse que o pedido de Torgan será submetido ao colégio de líderes.

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