Reajuste do Judiciário: como votaram as bancadas do Senado

Ministros do STF e membros da PGR podem passar a ter uma remuneração de R$ 39,2 mil mensais a depender da sanção presidencial

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Por Matheus Lara e Paulo Beraldo
Atualização:

Senadores de partidos que já anunciaram oposição ao futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL) se dividiram na votação do reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovado na quarta-feira, 7, por 41 votos favoráveis, 16 contrários e uma abstenção. Entre parlamentares do PT, PCdoB, PSB, PDT e Rede, foram sete votos contra o reajuste de 16,38% e cinco a favor.

Com o ajuste, os ministros do STF podem passar a ter uma remuneração de R$ 39,2 mil mensais, a depender da sanção presidencial de Michel Temer (MDB). Por votação simbólica, os senadores aprovaram também o reajuste dos membros da Procuradoria-Geral da República.

Maior bancada do Senado, o MDB votou majoritariamente a favor do reajuste Foto: Dida Sampaio/Estadão

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O DEM, que tem se aproximado de Bolsonaro, também votou dividido: foram três votos contrários ao projeto de lei que já havia passado na Câmara e dois favoráveis. Apesar da neutralidade no 2º turno das eleições, o DEM tem dois ministros anunciados no próximo governo: Tereza Cristina, na Agricultura, e Onyx Lorenzoni, na Casa Civil.

Maior bancada do Senado, o MDB votou majoritariamente a favor do reajuste. Foram oito votos "sim", dois contrários e uma abstenção. Dos 11 senadores do PSDB presentes na votação, só um foi contra o reajuste. 

Senadores do PRB, PR, Podemos e PSD, que não oficializaram apoio a nenhum candidato na corrida presidencial, votaram todos a favor do reajuste. Também disseram "sim" ao projeto de lei senadores do PTB, que apoiou Bolsonaro contra Fernando Haddad (PT) e do PROS, que estava coligado com o petista.

No PT, três senadores foram contrários à medida, enquanto outros dois apoiaram o projeto. No PSB, dois senadores votaram contra e um apoiou a medida. Os únicos integrantes da Rede e do PCdoB foram contra a medida, enquanto dois pedetistas apoiaram o reajuste.

O reajuste no salário dos ministros do STF também determina o teto salarial do funcionalismo público, que passa de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil por mês. As consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado estimam que o "efeito cascata" da mudança pode chegar a R$ 4,1 bilhões nas contas da União e dos Estados.

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Veja como cada senador presente votou:

Acir Gurgacz (PDT-RO): SIM

Aécio Neves (PSDB-MG): SIM

Airton Sandoval (MDB-SP): NÃO

Ângela Portela (PDT-RR): SIM

Antonio Anastasia (PSDB-MG): SIM

Antonio Valadares (PSB-SE): SIM

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Armando Monteiro (PTB-PE): SIM

Ataides (PSDB-TO): SIM

Cássio Cunha Lima: (PSDB-PB): SIM

Cidinho Santos (PR-MT): SIM

Ciro Nogueira (PP-PI): SIM

Cristovam Buarque (PPS-DF): NÃO

Dalírio Beber (PSDB-SC): SIM

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Davi Alcolumbre (DEM-AP): SIM

Edison Lobão (MDB-MA): SIM

Eduardo Amorim (PSDB-SE): SIM

Eduardo Braga (MDB-AM): SIM

Eduardo Lopes (PRB-RJ): SIM

Fátima Bezerra (PT-RN): NÃO

Fernando Coelho (MDB-PE): SIM

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Garibaldi Alves Filho (MDB-RN): SIM

Givago Tenório (PP-AL): NÃO

Hélio José (PROS-DF): SIM

Ivo Cassol (PP-RO): SIM

Jorge Viana (PT-AC): SIM

José Agripino (DEM-RN): SIM

José Amauri (PODE-PI): SIM

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José Maranhão (MDB-PB): ABST

José Medeiros (PODE-MT): SIM

José Pimentel (PT-CE): NÃO

José Serra (PSDB-SP): SIM

Lidice da Mata (PSB-BA): NÃO

Lucia Vania (PSB-GO): NÃO

Maria do Carmo (DEM-SE): NÃO

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Otto Alencar (PSD-BA): SIM

Paulo Bauer (PSDB-SC): SIM

Paulo Rocha (PT-PA): SIM

Raimundo Lira (PSD-PB): SIM

Randolfe Rodrigues (REDE-AP): NÃO

Regina Sousa (PT-PI): NÃO

Reguffe (Sem partido-DF): NÃO

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Renan Calheiros (MDB-AL): SIM

Ricardo Ferraço (PSDB-ES): NÃO

Roberto Requião (MDB-PR): NÃO

Roberto Rocha (PSDB-MA): SIM

Romero Jucá (MDB-RR): SIM

Ronaldo Caiado (DEM-GO): NÃO

Rose de Freitas (PODE-ES): SIM

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Sérgio Petecão (PSD-AC): SIM

Tasso Jereissati (PSDB-CE): SIM

Telmário Mota (PTB-RR): SIM

Valdir Raupp (MDB-RO): SIM

Vanessa Graziottin (PCdoB-AM): NÃO

Vicentinho Alves (PR-TO): SIM

Walter Pinheiro (Sem partido-BA): SIM

Wellington Fagundes (PR-MT): SIM

Wilder Morais (DEM-GO): NÃO

Zezé Perrella (MDB-MG): SIM

Abstenção

José Maranhão (MDB-PB)

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