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Rainha deve continuar preso

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder sem-terra José Rainha Jr completa nesta quinta-feira uma semana de prisão e deve continuar na cadeia de Presidente Vencelau por algum tempo. É que o promotor Marcelo Creste, da Comarca de Teodoro Sampaio, manifesta parecer contrário à revogação da prisão. Resta agora o julgamento do juiz Atis de Araújo Oliveira, o mesmo que pediu a preventiva de Rainha sob acusação de formação de quadrilha e de crimes contra a ordem pública. O entendimento do promotor é de que as invasões promovidas pelo MST em propriedades rurais do Pontal do Paranapanema criam problemas ao andamento do programa de Reforma Agrária. Perícia Exames residuográficos confirmam que funcionários da fazenda Santa Fé, em Sandovalina, manusearam armas de fogo no último final de semana, quando a fazenda foi invadida por famílas de sem-terra, contra as quais foram disparados tiros por três homens encapuzados. Nenhuma pessoa foi atingida. Os alvos foram veículos utilizados para o transporte de lonas e madeira utilizadas na montagem de barracos para abrigar os invasores. A divulgação do resultados dos exames é feita pelo delegado Cacildo Galindo. ??Já instauramos inquérito e passaremos a ouvir testemunhas do caso e das possíveis vítimas, mas estamos aguardando outros laudos periciais do Instituto de Criminalística??, diz o delegado. O dono da fazenda, Carlito Moreira, tem da Justiça o amparo na reintegração de posse, e os invasores têm até sexta-feira desta semana para deixar a propriedade. Estado de alerta No município de Sandovalina foi decretado ?estado de alerta?. A medida foi tomada pelo prefeito Divaldo Pereira de Oliveira após o conflito com os sem-terra, no qual foi vitimado com agressão a pauladas. O prefeito se queixa de que atiraram contra sua casa na madrugada desta segunda-feira. O prefeito afirma que integrantes do MST ameaçaram invadir prédios públicos e que, desde esta segunda-feira, o comércio local atende a meia porta. O comandante regional da Polícia Militar, major Álvaro Dias da Cunha afirma que a situação em Sandovalina é de calmaria e aparente tranquilidade. A invasão em Sandovalina é vista por fazendeiros como represália à prisão de Rainha.

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