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Radicais do PT fazem pressão por atos pró-condenados

Por FERNANDO GALLO E ROLDÃO ARRUDA
Atualização:

A direção do PT está sendo pressionada por setores mais à esquerda do partido e pelos filiados condenados no mensalão para que haja novas manifestações oficiais contra o julgamento do Supremo. Movimentos sociais próximos dos petistas também se articulam nessa direção.A Consulta Popular, organização política que reúne representantes de movimentos sociais de 17 Estados, lançou neste domingo (18) uma convocação à "sociedade brasileira", para que una suas forças e lute "pela revogação das condenações e das penas ilegalmente impostas". A nota, definida ao final de uma reunião plenária de três dias, comparou os ministros do STF a feitores de escravos e a agentes da ditadura militar.A cúpula petista, porém, trata o assunto como encerrado. Acredita que prolongar a discussão significa "prolongar a sangria".Mesmo que sejam instados, na próxima reunião do diretório nacional, em dezembro, a promover atos para se contrapor ao Supremo, os dirigentes definiram que a nota divulgada na quarta-feira (14), na qual o partido afirmou que o STF tentou criminalizar o PT, foi sua última manifestação.Outro integrante do diretório, o radical Markus Sokol, vê "insatisfação na base do partido" com a condução da discussão. Ele defende a realização de atos públicos para "manifestar repúdio à sentença". Segundo o militante, "para além do apenamento, há uma agressão ao PT. Se ficar sem resposta, outras organizações que incomodam a elite dominante não poderão se sentir garantidas".Ex-secretário sindical do PT, João Felício entende que o PT deve fazer uma campanha nacional em defesa do julgamento do valerioduto tucano.Dois atos já foram convocados. Um terá a presença de Genoino, que comporá no próximo sábado (24) uma mesa com Sokol e outros petistas à esquerda do partido, como o deputado Fernando Ferro (PT-PE) e o presidente da CUT, Vagner Freitas.O outro ato foi convocado pelo deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que fará uma plenária de seu mandato na sexta-feira (23). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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