PUBLICIDADE

Radialista diz ter sido ameaçado de morte no Ceará

Ranilson Silva registra boletim de ocorrência depois de quatro homens o abordarem à noite e dizerem para ele 'deixar de falar besteira no rádio'

PUBLICIDADE

Por Lauriberto Braga
Atualização:

Fortaleza - O radialista, advogado e estudante de jornalismo Ranilson Silva registrou nesta quarta-feira, 30, boletim de ocorrência na Delegacia Regional do Crato, a 550 quilômetros de Fortaleza, por ter sofrido ameaça de morte. Ranilson apresenta o programa FM Notícia na Rádio Nova Olinda FM, cidade de mesmo nome vizinha a Crato, no Cariri Cearense.

PUBLICIDADE

Ele disse ter sido abordado por quatro homens em duas motos, na noite de terça-feira, 29, quando chegava em casa, em Nova Olinda. Os homens desceram das motos, agrediram fisicamente o radialista e disseram, segundo Ranilson: "Deixe de falar besteira no rádio".

Ranilson também é assessor de comunicação do prefeito de Nova Olinda, Ronaldo Sampaio, eleito pelo PSD, além de diretor, apresentador e repórter da Nova Olinda FM. De segunda a sexta-feira, Ranilson apresenta o programa FM Notícia.

A ameaça foi registrada no mesmo dia em que duas entidades internacionais divulgaram relatórios sobre a violência contra profissionais de imprensa pelo mundo. De acordo com o Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), o Brasil teve em 2015 o maior número de profissionais assassinados em função dessa atividade: foram 6 casos entre janeiro e 23 de dezembro passado.

Um desses homicídios ocorreu no Ceará, em 6 de agosto. O também radialista Gleydson Carvalho foi morto dentro da Rádio Liberdade FM, de Camocim, a 379 quilômetros de Fortaleza. Duas pessoas invadiram a emissora e executaram o profissional com três disparos de revólver. A polícia prendeu em Metropolitana de Goiânia (GO), em 25 de setembro passado, dois suspeitos de terem participado do crime. Um deles, Thiago Lemos da Silva, confessor que participou da execução e que recebeu R$ 2 mil. No depoimento, disse que Gleydson foi morto "porque falava demais".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.