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Quintanilha justifica adiamento de sessão no caso Renan

Por Rosa Costa
Atualização:

O presidente do Conselho de Ética do Senado, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), afirmou hoje que deu prazo de cinco dias ao senadores que pediram vista dos relatórios sobre o processo contra o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para que eles tenham tempo de examinar os textos com calma. "Vocês vão verificar que os dois relatórios têm quase duzentas páginas", disse Quintanilha sobre o texto dos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), que pede o encaminhamento de pedido de cassação de Calheiros, e ao parecer de autoria do senador Almeida Lima (PMDB-SE), que pede arquivamento do processo. Ainda justificando o prazo de cinco dias - que adiou a votação para quarta-feira, Quintanilha disse que seu objetivo foi o de permitir que os senadores tenham tempo para comparar as peças do processo. Deu como exemplo ele próprio, que, disse, demorou quase sete horas para formar opinião favorável à adoção do voto secreto, porque queria conhecer os termos dos dois relatórios. "Não tinha condição de formar posição antes de conhecer os votos dos relatores. Se um relatório pede a perda de mandato (de Calheiros), evidentemente é um voto fechado", disse. "Na verdade", acrescentou, "eu queria que primeiro fossem apresentados os votos dos relatores." Quintanilha negou que tenha manobrado, ontem, no exercício da presidência do Conselho, em favor de Calheiros. E disse que desconhece a iniciativa anunciada pelo senador Gilvam Borges (PMDB-AP) de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que sejam julgados pelo voto aberto os dois relatórios, na sessão do Conselho de Ética de quarta-feira.

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