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Quércia insiste em candidatura própria do PMDB

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente estadual do PMDB, o ex-governador Orestes Quércia, disse hoje que o seu partido "vai lutar" para ter candidatura própria à Presidência da República, mas não descartou, caso isso não ocorra, uma aliança com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva. "Temos problemas, a perspectiva é difícil, mas nós vamos lutar e temos confiança de que vamos ter candidato próprio à Presidência da República", afirmou Quércia após encontro, na manhã de hoje, com um dos pré-candidatos do PMDB à Presidência, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann. "Evidentemente, você tem que avaliar todas as perspectivas e nós temos responsabilidades de ter outras alternativas caso ocorra um drama, que nós queremos evitar a todo custo, de não ter candidato próprio à Presidência", completou o ex-governador. Indagado se o PT seria a alternativa de aliança do PMDB, Quércia respondeu: "Poderia ser". "É difícil para os dois lados, porque houve sempre uma tradição de luta política entre nós e o PT. Mas é uma questão que hoje não está nas nossas preocupações." O ex-governador confirmou ter participado de um jantar, em janeiro, com Lula e com o deputado federal Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), mas disse que as conversas não vão voltar a acontecer até que o PMDB defina seu rumo. Sobre uma aliança com o PT em São Paulo, apoiando a candidatura do deputado federal José Genoíno, Quércia disse: "Hoje o Quércia é candidato a governador, e quer ter um candidato à Presidência da República para fortalecer o PMDB. Se isso não acontecer, vão abrir outras possibilidades e já existem conversas nesse sentido (de apoio à candidatura de Genoíno)". O peemedebista lembrou que hoje PT e PMDB tem em comum a "objeção à política do governo". Pesquisas O ex-governador afirmou que a queda de Lula na última pesquisa Vox Populi, na qual o petista passou de 30% para 27% das intenções de voto, é "natural", assim como o crescimento da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), que subiu de 21% para 24%. "Pesquisa é relativa. A queda do Lula não significa que ele vai ficar nesse patamar", afirmou, acrescentando considerar que o potencial da candidatura de Lula e de Serra (do ministro da Sáude, José Serra) "é forte". "Mas eu ainda não acredito que seja forte o potencial da candidatura de Garotinho e da Roseana", disse Quércia. Na mesma pesquisa, o governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), passou de 15% para 16%, e Serra pulou de 7% para 11%.

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