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Quércia diz que Malan é melhor nome do PSDB

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Por Agencia Estado
Atualização:

"Pedro Malan é o principal nome do governo para disputar a eleição presidencial do próximo ano e é mais forte do que o José Serra." A frase, com certo tom irônico, é do presidente do diretório de São Paulo e ex-governador do Estado, Orestes Quércia, que concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira. Segundo ele, o maior trunfo do governo federal para vencer a disputa do próximo ano é a estabilidade financeira do País, da qual Quércia considera o atual ministro da Fazenda como "a matriz". "Eu acho que o presidente Fernando Henrique Cardoso vai escolher o Malan. Se fosse para escolher de coração, seria o José Serra, mas tecnicamente o melhor é Malan", reiterou. Perguntado se o ministro não seria o concorrente mais fácil de ser eliminado na disputa, Quércia disse que "não, porque ele precisa somente de 20% dos votos para estar no segundo turno", complementando: "Além disso, Malan é o único candidato". Desafeto do novo presidente nacional do PMDB, Michel Temer, o ex-governador defendeu a realização de prévias no partido para a definição da candidatura para a disputa do governo de São Paulo no próximo ano. "Proponho ao Michel Temer que aceite uma prévia para definirmos a candidatura ao governo de São Paulo. Ele não ganha de mim nos votos dos delegados. Sua única chance é em uma votação ampla, com todos os filiados, se é que essa chance existe", disse. Para o ex-governador, a eleição de Temer na Convenção Nacional do PMDB pode fortalecer o nome do deputado federal na indicação do candidato do partido no pleito de 2002. "Mas ele terá que viabilizar sua candidatura, o que é difícil. Se eu tivesse confiança nele, o apoiaria, mas ele não tem chance de vencer", insistiu. Uma saída para a disputa entre os dois caciques do PMDB paulista, defendeu o próprio Quércia, seria a indicação do vencedor da prévia para o governo paulista e o do segundo colocado para disputar uma vaga no Senado. "Eu gostaria de ser candidato a deputado federal ou a senador, mas posso concorrer ao governo do Estado se não houver alternativa", justificou. Por conta da reportagem publicada nesta segunda no Estadão, informando que uma moção foi apresentada e aprovada neste domingo na Convenção Nacional do PMDB e que diz que os acusados de malversação ou desvios de recursos púbicos de banco estaduais deveriam deixar o partido, Quércia afirmou que solicitará ao presidente da CPI do Banespa, o deputado federal Luiz Antônio Fleury Filho (PDT-SP), que seja convocado para prestar esclarecimentos sobre a administração do banco em sua gestão. A relação entre a moção e o nome de Quércia partiu do deputado Nelo Rodolfo (PMDB-SP), outro desafeto do ex-governador. "Isso é coisa do Nelo Rodolfo ou do jornalista que escreveu a reportagem. Fiquei chateado hoje de manhã e decidi ir à CPI prestar esclarecimentos. O melhor tempo do Banespa aconteceu enquanto fui governador e posso provar", garantiu. Segundo ele, o único empréstimo contratado pelo banco em sua gestão aconteceu em dezembro de 1990, meses após a implementação do Plano Collor e que, por causa da retração econômica no País, o Banespa precisou tomar empréstimo para efetuar o pagamento do 13º salário dos funcionários. "E isso foi aprovado pela então ministra Zélia Cardoso de Melo (Economia) e os senadores Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas", sustentou.

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