
19 de junho de 2009 | 12h56
"Posso assegurar que não vamos perseguir ninguém que estiver fazendo denúncia e a comissão terá toda a liberdade de apurar o que for preciso, sem nenhuma represália", afirmou o presidente do Senado. A comissão será acompanhada por um representante do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) e terá garantida, segundo o senador, a sua independência, subordinando-se apenas à Mesa do Senado.
Sarney informou que, a depender dos resultados da sindicância, serão abertos inquéritos administrativos e, se alguma apuração envolver senadores, o caso será encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF), que é o foro no qual podem ser investigados os parlamentares. "Se houver responsabilidade de senador, o caso vai ao STF", afirmou Sarney durante entrevista coletiva.
Sarney também anunciou a criação de um portal na internet para publicar todos os atos ocorridos no Senado. Além disso, ele anunciou que será contratada uma auditoria externa para analisar a folha de pagamentos da Casa. Sarney é um dos senadores citados na série de denúncias de centenas de atos secretos que definiram criação de cargos, nomeações e aumentos de salários, reveladas em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no dia 10.
Conforme as reportagens, entre os parentes do presidente do Senado que foram contratados por meio de atos secretos estão duas sobrinhas, um neto, uma nora, uma cunhada e parentes do genro, Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).
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