PUBLICIDADE

‘Quem sofre uma injustiça não fica bem’

Ministro que deve ser exonerado nesta segunda-feira afirma ao 'Estado' que está 'equalizando a cabeça'

Por Dida Sampaio
Atualização:
Gustavo Bebianno em Brasília neste domingo, 17 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

BRASÍLIA - Era um homem abatido. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, deixou no começo da tarde deste domingo, 17, o hotel em que reside e se isolou desde o início da crise política para almoçar. Ele passou uma hora e meia com amigos próximos numa mesa do Tejo, restaurante de comida portuguesa na Asa Sul, no Plano Piloto. Na saída, Bebianno relatou ao Estado que ainda tenta “equalizar” todo o processo que deverá resultar na sua exoneração do cargo. Cortês, tirou selfie com um eleitor e disse que não era hora de comentar o assunto.

PUBLICIDADE

Quais os próximos passos do senhor?

O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois. Por ora, vou ficar quieto, acalmar minha cabeça. Quem sofre uma injustiça dessas não fica com a cabeça boa. Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do País. Trabalhei, fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro.

O senhor trabalhou nos últimos dois anos para eleger o presidente...

Não sou perfeito, mas (abaixa a cabeça)...

O senhor fez alguma coisa que tenha levado o presidente a optar pela sua saída?

Absolutamente nada. Zero.

Publicidade

Há uma injustiça?

100%. O presidente sabe.

Sabe?

Sabe, não é maluco.

Qual a posição do senhor em relação ao vereador Carlos Bolsonaro? Ele passou dos limites?

Vou falar depois que sair. Na hora certinha eu falo. Estou equalizando a minha cabeça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.