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Quem é Vital do Rêgo Filho, ex-senador e ministro do TCU denunciado na Lava Jato

Paraibano presidiu CPMI da Petrobrás do Senado e antes disso foi deputado federal e deputado estadual por três mandatos

Por Matheus Lara
Atualização:

Denunciado na Lava Jato nesta terça-feira, 25, sob acusação de ter blindado executivos na CPMI da Petrobrás, o ex-senador paraibano e hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho, de 56 anos, tem longa carreira na política. 

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A nomeação para o TCU veio em dezembro de 2014. No mesmo ano, no Congresso, ele presidiu a CPMI da Petrobrás, que apurava denúncias de corrupção e desvios na estatal. No TCU, ele herdou todos os processos que envolviam a estatal até então e que eram conduzidos pelo ministro José Jorge, aposentado compulsoriamente ao completar 70 anos. Entre eles, o que tratava da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

No momento de sua nomeação, Vital do Rêgo era considerado aliado fiel do governo Dilma Rousseff (PT), mas disse após obter apoio do Senado para ocupar a vaga no Tribunal que teria "isenção" na hora de julgar. Em 2015, com seu voto, o TCU deu parecer pela rejeição das contas do governo Dilma em 2015, a exemplo do que ocorreu em relação ao ano anterior. A rejeição das contas levou em conta as pedaladas fiscais e os decretos orçamentários tratados no processo de impeachment da petista.

O ministro do TCU Vital do Rêgo Foto: Dida Sampaio/Estadão

"Vitalzinho", como é conhecido, chegou a disputar o governo da Paraíba em 2014, mas terminou em terceiro lugar. Antes de ser se eleger senador em 2010, foi o deputado federal mais votado do Estado em 2006 depois de cumprir três mandatos como deputado estadual. É filho do ex-deputado federal Vital do Rêgo, morto em 2010, e irmão do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB).

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná o denunciou pelo suposto recebimento de R$ 3 milhões em propinas pagas por Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. Segundo o Ministério Público Federal, os valores teriam sido repassados a Vital do Rêgo Filho para que os executivos da OAS não fossem convocados para depor na CPMI da Petrobrás.

A denúncia apontou 12 operações de lavagem de dinheiro, "feitas a partir dos ajustes fraudulentos para a transferência de recursos da OAS para Construtora Planície, a qual foi indicada por Vital do Rêgo Filho para receber as propinas, englobando a emissão de notas fiscais frias, a interposição de terceiros e a transformação dos recursos em dinheiro vivo".

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