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Quem é quem na disputa pela presidência do Senado

Eleição ocorre em 1º de fevereiro; pelo menos oito parlamentares são pré-candidatos

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Por Paulo Beraldo
Atualização:

A disputa pela presidência do Senado tem, até o momento, pelo menos oito pré-candidatos, o maior número desde a redemocratização. A eleição para decidir quem comandará a Casa pelos próximos dois anos ocorre na próxima semana, em 1º de fevereiro. 

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Até o momento, tentam a presidência os senadores Alvaro Dias (Podemos-PR), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP), Renan Calheiros (MDB-AL), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Simone Tebet (MDB-MS) e Ângelo Coronel (PSD-BA). O atual presidente, Eunício de Oliveira (MDB-CE), não pode tentar a reeleição pois não conseguiu renovar seu mandato nas eleições 2018.

Para ser eleito presidente do Senado, é preciso pelo menos 41 dos 81 votos. Se não houver maioria absoluta na primeira disputa, haverá segundo turno. 

O plenário do Senado durante votação. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Para o professor e cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, boa parte das candidaturas são "testes" da força política de cada nome. "A maioria é um balão de ensaio, eles querem se apresentar para o governo e descobrir nos bastidores como a candidatura é avaliada", afirmou, destacando que alguns devem abandonar a disputa nos próximos dias. 

A boa relação do presidente com os líderes da Câmara e do Senado, responsáveis pela aprovação de projetos, é fundamental para o bom andamento do governo, afirma Prando. 

Renan Calheiros (MDB-AL)

Até o momento, Renan Calheiros é considerado nos bastidores como o favorito. Publicamente, ele nega a candidatura. "Não quero ser presidente do Senado. Os alagoanos me reelegeram para ser bom senador, não presidente. A decisão caberá à bancada, e temos outros nomes", escreveu em seu Twitter esta semana.

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O partido só definirá se ele é candidato ou não na véspera da eleição. Sem anunciar candidatura, Calheiros não é alvo de opositores. Caso eleito, ele será presidente do Senado pela quinta vez. Com 12 senadores e a maior bancada, Renan Calheiros integra o partido que lidera a Casa desde 2007. O MDB tem outra senadora, Simone Tebet, que deseja liderar a Casa. 

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) Foto: Wilton Junior/Estadão

Simone Tebet (MDB-MS)

A senadora Simone Tebet, no meio de seu primeiro mandato, afirmou que deseja liderar um movimento de renovação no MDB"Quero aquele velho MDB de volta. Aquele que falava a favor do País, não em conchavos, 'toma lá, dá cá', que seus membros tinham orgulho de dizer que eram do MDB", disse em entrevista à Rádio Eldorado na quarta-feira, 23.

"Acho importante que o MDB possa reconstruir seu futuro. Independente de ganhar ou não, vou estar à frente de um movimento de renovação dentro do próprio partido." Simone é filha do ex-senador Ramez Tebet, que já presidiu a Casa entre 2001 e 2003. 

Simone Tebet, senadora pelo MDB-MS Foto: Roque de Sá/Ag. Senado

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Com a segunda maior bancada - oito senadores -, o PSDB tem no nome de Tasso Jereissati o seu postulante à presidência do Senado. Reportagem do Estado mostrou que, apesar da discrição, o tucano já se reuniu com líderes do DEM, do PSD e do Podemos e tem marcada para o dia 28 uma reunião com o governador de São Paulo, João Doria, para tratar de eleição. 

A entrada de Doria na campanha de Tasso é considerada essencial para atrair o apoio de Bolsonaro e convencer o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) a se retirar da disputa. 

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O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) durante pronunciamento na tribuna do Senado. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Major Olímpio (PSL-SP)

O senador Major Olímpio, aliado de Bolsonaro, tenta também se lançar à candidatura do Senado para representar o partido do presidente, o PSL. Ele afirma, no entanto, que pode retirar sua candidatura caso haja um acordo com outras lideranças. O PSL tem quatro deputados no Senado. Confira o perfil do senador mais votado de São Paulo, com pouco mais de 9 milhões de votos. 

Senador eleito por São Paulo, Major Olimpio (PSL) Foto: Sérgio Castrro/Estadão

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

O senador Davi Alcoumbre, do DEM, é considerado um nome amigável ao governo. Ele é próximo do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O partido conta com dois ministérios, o da Agricultura, com a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), e o da Saúde, com o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). 

O comando da Câmara dos Deputados também tem seu principal nome no DEM: o deputado Rodrigo Maia, do Rio, é considerado o favorito na disputa pela liderança da Casa. 

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Alvaro Dias (Podemos-PR)

Candidato à Presidência da República derrotado em 2018 com 859 mil votos, o senador Alvaro Dias, em seu quarto mandato, tenta liderar a Casa. Dias está no Senado desde 1999. De acordo com nota divulgada por seu partido, foram consultadas 110 mil pessoas das bases da sigla para definir o apoio a Alvaro. 

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O senador Alvaro Dias, do Podemos-PR, nega que tenha respondido Xico Graziano no Twitter. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Esperidião Amin (PP-SC) 

Esperidião Amin foi governador de Santa Catarina em duas ocasiões (1983-1987 e 1999-2003), senador (1991-1998) e atualmente é deputado federal. Volta, em 2019, a assumir um mandato na Casa e se lançou à presidência do Senado. Seu partido tem cinco senadores. Amin é próximo do presidente Jair Bolsonaro. 

Esperidião Amin governou Santa Catarina entre 1983 e 1987 e, depois, entre 1999 e 2003. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Ângelo Coronel (PSD-BA) 

O pré-candidato faz parte do PSD, que contará com sete deputados em 2019. A sigla deve fazer uma reunião para decidir se vai manter ou não a candidatura do parlamentar até o final do mês. 

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