Queda de popularidade é maior que a esperada pelo Planalto

Para reverter alta adesão à avaliação "muito ruim", a aposta é criar uma agenda positiva o quanto antes

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Por Isadora Peron e Rafael Moraes Moura
Atualização:

BRASÍLIA - Após o anúncio do aumento no preço dos combustíveis, do pacote de ajuste fiscal e da sucessão de denúncias envolvendo a Petrobrás, o Palácio do Planalto já esperava que a popularidade da presidente Dilma Rousseff fosse cair. A dimensão da queda, porém, surpreendeu até os auxiliares mais pessimistas.

“Isso é decorrência do estelionato eleitoral. As pessoas se sentem ludibriadas”, afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN) Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A queda de 19 pontos na avaliação positiva do governo é reconhecida como “muito ruim”. Para revertê-la, a aposta é criar uma agenda positiva o quanto antes. No curto prazo, a ideia é explorar os programas sociais voltados para a classe média, com os lançamentos do Mais Especialidades e da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida.

Para o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), o governo precisa deixar claro que não será o trabalhador quem vai pagar a conta do ajuste fiscal. Para ele, parte da queda de popularidade da presidente pode ser atribuída à mobilização das centrais sindicais contra as mudanças no seguro-desemprego, o que teria gerado descontentamento quem costuma apoiar o PT.

‘Estelionato’. Entre os oposicionistas, foi consenso creditar a queda no índice de aprovação de Dilma ao que se tem chamado de “estelionato eleitoral”. 

“A presidente colhe hoje os resultados das mentiras sucessivas que lançou ao País e que conduziram a sua campanha eleitoral. O Brasil real aflora a cada dia e não há marketing ou propaganda capaz de esconder a grave realidade enfrentada pelos brasileiros”, disse em nota o presidente do PSDB e candidato derrotado ao Planalto, senador Aécio Neves (MG).

“Isso é decorrência do estelionato eleitoral. As pessoas se sentem ludibriadas”, afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN)

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