Quebra de sigilo da Folha de S. Paulo está na lei, diz Garcia

Ele negou que o governo esteja cerceando a liberdade de imprensa com a ação

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que a quebra do sigilo telefônico pela Polícia Federal (PF), de uma das linhas da sucursal da Folha de S. Paulo, em Brasília, na investigação da tentativa de compra do dossiê Vedoin, foi feita com autorização judicial. Ele negou que o governo esteja cerceando a liberdade de imprensa e ressaltou que qualquer comunicação telefônica ou por correspondência está preservada e é um direito de garantia individual e que, portanto, só uma decisão judicial é que pode atingi-la. "O governo não tem nenhuma medida de cerceamento da imprensa. O governo tem garantido neste país uma liberdade de imprensa absoluta", afirmou Garcia, acrescentando que o governo tem sido objeto de ataques na imprensa e que tem convivido com isso. "Qualquer atentado que haja na liberdade de imprensa receberá do governo, do PT e de mim, em particular, uma condenação muito enérgica", disse. A PF pediu a quebra de sigilo porque um dos números de telefone da Folha - um ramal instalado em um dos comitês de imprensa do Congresso, em Brasília - constava na memória de um dos aparelhos celulares de Gedimar Passos, preso no dia 15 de setembro no Hotel Íbis, em São Paulo, com parte do dinheiro destinado à compra do dossiê contra tucanos.

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