O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) trocou mensagens públicas com o ministro do Interior do Itália, Matteo Salvini, a respeito da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de decretar a prisão do ex-ativista italiano Cesare Battisti - que abre caminho para sua extradição. Ele foi condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos 1970 e está asilado no Brasil desde 2010.
Em resposta a Salvini, que pediu a Bolsonaro "justiça" a Battisti mandando-o de volta à Itália, o presidente eleito agradeceu a "consideração" e indicou positivamente pela possível extradição do ex-ativista. A decisão sobre a extradição será dada pelo presidente da República, o atual, Michel Temer (MDB), ou o futuro, Bolsonaro.
"Que tudo seja normalizado brevemente no caso deste terrorista assassino defendido pelos companheiros de ideais brasileiros", escreveu o político. "Conte conosco".
Na decisão de Fux, o ministro faz a expedição do mandado de prisão para ser cumprido pela Interpol, no Brasil representada pela Polícia Federal. Também citou pedido da Interpol para prender Battisti pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou que extraditaria imediatamente Battisti. Em entrevista em novembro, Bolsonaro disse que confirmou à diplomacia italiana que devolveria Battisti ao país.