PTB segue PMDB e abre mão de indicar nome para a reforma ministerial

O partido, que não foi convocado oficialmente, tinha o presidente Benito Gama entre os cotados para assumir o ministério do Turismo; decisão não interfere no apoio ao governo

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Por Erich Decat
Atualização:

Brasília Integrantes da Executiva Nacional do PTB decidiram nesta quinta-feira, 6, que não indicarão nome para compor o governo Dilma Rousseff na reforma ministerial deste ano. A decisão ocorre um dia depois de o PMDB da Câmara se rebelar contra o Palácio do Planalto e, em documento, tomar a mesma iniciativa."O PTB abre mão da indicação. Não foi chamado oficialmente mas, se for, não vai indicar", disse o presidente nacional do partido, Benito Gama. Na dança das cadeiras da Esplanada dos Ministérios, ele estava cotado para assumir o ministério do Turismo.Segundo Gama, a decisão foi tomada após consulta por telefone com outros integrantes da Executiva Nacional do PTB. Apesar de abrir mão da indicação, Gama afirma que a legenda continuará apoiando a candidatura à reeleição da presidente Dilma.O dirigente, que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente de governo do Bando do Brasil, deve deixar o posto nos próximos dias para se dedicar à candidatura à Câmara dos Deputados pela Bahia. Este é o segundo gesto de "desembarque" tomado por um partido da base aliada nas últimas 24h. Nesta quarta, integrantes da bancada do PMDB da Câmara aprovaram um documento em que "deixam à disposição" da presidente Dilma a indicação dos nomes que irão integrar os ministérios. Durante o encontro, que durou cerca de 3 horas, realizado em um dos plenários da Casa, vários deputados foram ao microfone se queixar do tratamento dado pela presidente à bancada. "Neste momento o que nós decidimos é que a bancada do PMDB na Câmara cansou desse processo de cargos, que tem que indicar, que não tem que indicar, que vai tirar, que vai dar ministério. Não vamos aceitar esse tipo de discussão", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

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