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PT vai implantar 'vigília permanente' no Congresso para evitar perda de apoio no PMDB

Objetivo é evitar ao máximo que parlamentares do partido que compartilha o governo com Dilma embarquem na estratégia de impeachment

Por Ricardo Galhardo e Ana Fernandes
Atualização:

Na reunião da Executiva Nacional do PT nesta sexta-feira, 4, o partido da presidente Dilma Rousseff discutiu formas de não perder o apoio de parte do PMDB que tem ao seu lado. "Decidimos que vamos ficar em estado de vigília permanente. Conversamos com as direções das bancadas para agir de maneira concentrada em relação aos parlamentares do PMDB que nos apoiam", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado uma fonte que participou da reunião.

A estratégia foi discutida na reunião com os líderes do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), e no Senado, Humberto Costa (CE). O objetivo é evitar ao máximo que parlamentares do partido que compartilha o governo com Dilma embarquem na estratégia de impeachment coordenada pelo PSDB. A ideia do PSDB de Aécio Neves é fazer com que haja recesso parlamentar e arrastar a avaliação do processo de impeachment enquanto a economia piora e a pressão popular pela deposição da presidente da República aumenta.

O presidente do PT, Rui Falcão Foto: Carlos Villalba R./EFE

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Os petistas admitem internamente uma preocupação com o 'sumiço' do vice-presidente Michel Temer. Desde que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deu aval para o pedido de impeachment na quarta-feira, 2, Temer não manifestou apoio ao governo Dilma publicamente e a expectativa é que ele não faça aparições ao longo do fim de semana. A saída de Eliseu Padilha, aliado de Temer, do ministério da Aviação Civil é outro sinal de alerta.

"Tem coisas que o governo está tocando e vai ter que correr atrás, como promover esse diálogo de Dilma com Temer", afirmou a fonte petista. A fala mostra que o partido fará um esforço mas também espera que o Planalto faça sua parte no árduo trabalho de manter a fidelidade parcial do PMDB