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PT usa crise para tentar assumir controle da pasta

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Por Ligia Formenti
Atualização:

A disputa entre peemedebistas pelo comando da Saúde virou oportunidade para o PT. Os ataques do ministro José Gomes Temporão à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), comandada por Danilo Forte, também do PMDB, atiçaram o apetite da ala petista acomodada nos escalões inferiores do ministério. Agora, o PT volta a sonhar com o controle de toda a estrutura do setor. Temporão havia decidido pacificar a convivência entre PT e PMDB com a divisão da Secretaria de Atenção à Saúde, que concentra maior volume de verbas. A parte que movimenta maior orçamento, a de média e alta complexidade, ficaria com o PMDB; a secretaria a ser criada, de Atenção Primária e Promoção à Saúde, ficaria com o PT. Temporão aproveitou essa mudança para tentar resolver outro problema: os escândalos constantes da Funasa. Diante da pressão para extinguir a fundação, o ministro optou por retirar do órgão um dos setores mais críticos, o de saúde indígena, e transferi-lo para o controle do ministério. A Funasa, motivo da briga atual, sempre foi alvo de grande disputa dentro do ministério. Ela é considerada uma jóia dentro da pasta da Saúde por causa de seu orçamento privilegiado - próximo de R$ 2,4 bi neste ano -, pela independência para o uso dos recursos e pela estrutura que se estende pelo País afora, permitindo a composição de uma rede política. ALVO DE DISPUTA Estrutura Coordenações locais em todos os Estados Áreas de atuação Engenharia de saúde pública Saúde indígena Maiores atrativos Independência administrativa As ramificações em todo o País dão margem para negociações de cargos, permitindo várias composições Orçamento R$ 304.187.000 para a saúde indígena R$ 2.158.500.000 para ações de saneamento

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