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PT tem direito de sugerir nomes para ministérios, diz Déda

Governador se encontrou com presidente e disse que o apoio do partido a Lula não pode ser condicionado ao tamanho da participação ou a nomes de ministros

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), defendeu que o PT ganhe mais espaço na reforma ministerial. "O partido não pode abdicar de sua responsabilidade de sugerir, apresentar proposta de ocupação de espaços e obviamente de apresentar nomes de seus militantes que possam desempenhar funções no governo. Agora, a decisão é do presidente da República. O apoio do PT ao presidente não pode ser condicionado ao tamanho da participação ou a nomes de ministros", disse Deda. Ao elogiar a ex-prefeita Marta Suplicy, cotada para o Ministério da Educação, o governador disse que o "PT tem quadros que poderiam desempenhar com muita competência a tarefa de ministro das Cidades". "O PT tem extraordinária experiência nas prefeituras, tem acúmulo em estudos de questões urbanas e êxito na administração de cidades de pequeno, médio e grande portes", afirmou o governador. Sobre o contingenciamento de verbas orçamentárias, anunciado na quinta pelo governo federal, Marcelo Déda afirmou que espera que esse bloqueio "seja inteligente: atenda os objetivos fiscais que ele pretende, mas não se limite a passar uma régua linear em todos os investimentos". "Na situação em que está o País nós precisamos deixar intocáveis as verbas para segurança pública", observou o petista. Déda defendeu mudanças na política de juros, em entrevista, depois da audiência com Lula: "O PT e a torcida do Flamengo não estão satisfeitos com a política monetária. É preciso mudar a política. Na hora em que o governo decidir mudar a política ou os atuais agentes mudam suas concepções ou mudam os agentes. Queremos mudar o ritmo da queda de juros. Isso é uma amarra para o desenvolvimento. É muito complicado dizer ao presidente que tem de mudar ministro A ou B. O presidente tem sensibilidade e inteligência para entender isso", argumentou Déda.

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