PUBLICIDADE

PT sempre teve as melhores vagas nas estatais

Por Cenário: Marcelo de Moraes
Atualização:

Se a disputa partidária pelo comando de ministérios recebe maior visibilidade pública, é na articulação pelo controle dos principais postos nas empresas estatais que se concentra a disputa mais acirrada entre as legendas aliadas do governo da presidente eleita Dilma Rousseff.

 

PUBLICIDADE

E, nesse quesito, o PT vai tentar manter a hegemonia na ocupação das melhores posições, iniciada em 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência.

 

Na ocasião, o partido tomou conta de posições estratégicas do novo governo. Derrotado na disputa pelo governo de Sergipe, José Eduardo Dutra recebeu a presidência da Petrobrás. Quando deixou o cargo, a gigantesca estatal foi mantida sob o cuidado do PT, com a entrada de José Sérgio Gabrielli.

 

Eleito deputado federal pelo Paraná em 2002, o petista Jorge Samek renunciou à vaga para ficar com a presidência de Itaipu, outro cargo cobiçado por todos os partidos aliados e do qual o PT não abriu mão.

 

No setor financeiro, os petistas também usaram sua influência com Lula para assegurar posições estratégicas. Para a presidência da Caixa Econômica Federal, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy indicou Jorge Mattoso. Para o comando do Banco da Amazônia (Basa), o então governador do Acre, Jorge Viana, emplacou Mâncio Lima Cordeiro, secretário da Fazenda de sua administração. No Banco do Nordeste (BNB), Lula aceitou pôr o petista Roberto Smith na presidência.

 

No Banco do Brasil, a direção ficou com Cássio Casseb, de perfil técnico, Mas o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, escolheu Nelson Rocha Augusto para cuidar da BBDTVM, administradora da gestão de recursos do banco. Augusto foi secretário de Planejamento de Palocci em Ribeirão Preto.

 

Já o petista Henrique Pizzolato recebeu a diretoria de Marketing do Banco do Brasil. E para o PT do Rio, Lula reservou a presidência da Casa da Moeda, com Manoel Severino dos Santos. Ambos saíram por conta do envolvimento no chamado esquema do mensalão.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.