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PT quer acesso às supostas provas contra Yeda no RS

Por Elder Ogliari
Atualização:

A bancada do PT vai pedir ao Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul que procure o Ministério Público Federal (MPF) para ter acesso às provas que o PSOL disse ter visto para acusar a governadora Yeda Crusius (PSDB) e alguns de seus ex-colaboradores. As suspeitas são de uso de caixa dois na campanha eleitoral de 2006, pagamento de parcela "por fora" na aquisição de uma casa e de conhecimento dos desvios de dinheiro que eram praticados no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) até a Polícia Federal (PF) desvendar o esquema em novembro de 2007. "Se essas gravíssimas denúncias se confirmarem não há a possibilidade de a governadora permanecer no cargo para o qual foi eleita", afirmou o deputado Elvino Bohn Gass, ao anunciar hoje a decisão do partido, um dia depois da coletiva em que a deputada federal Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas apresentaram as acusações com base em informações que o empresário Lair Ferst, réu do caso Detran, teria repassado à Justiça em busca do benefício da delação premiada. Ferst e o MPF negaram que tivessem feito o acordo e que disponham das provas, que os parlamentares do PSOL admitem não ter em mãos. Para Bohn Gass, o Rio Grande do Sul não pode conviver com a dúvida. Por isso, acredita que a divulgação dos depoimentos, áudios e vídeos possa servir para um pedido de impeachment da governadora ou para livrá-la definitivamente de qualquer suspeita. Para a base governista, não há necessidade de usar o Colégio de Líderes para pedir as provas ao MPF. Deputados da situação entendem que cabe ao PSOL, que fez as acusações, comprová-las. A líder da bancada do PSDB, deputada Zilá Breitenbach, disse que repudia as suspeitas e espera que os denunciantes apresentem as provas. "Cabe a quem acusou fornecê-las", disse. Em sua avaliação, todos os envolvidos nas denúncias vão pedir provas das afirmações.

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