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PT processa revista gratuita por ‘festival de difamações’

Reportagem de capa da trata morte de Celso Daniel como pano de fundo para corrupção na legenda; diretor da revista nega a acusação

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O diretório estadual do PT comunicou ontem que entrará com uma representação contra a revista Free São Paulo por suposta difamação e calúnia veiculadas na matéria de capa da última edição, cujo título é "Muito além da morte". A reportagem trata da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em 2002, como pano de fundo para encobrir esquemas de corrupção que, segundo a revista, manteriam o PT no poder até os dias de hoje. Em nota, o PT reitera que "denúncias envolvendo o nome do Partido são infundadas e todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas para que os responsáveis respondam pelo festival de calúnias e difamações".A revista semanal, com tiragem de 100 mil exemplares, é distribuída gratuitamente nos metrôs de São Paulo - equipamento da coordenação do PSDB, do governo estadual, desde 2005. Líderes do PT suspeitam que a revista tenha vínculos com os tucanos. O diretor de redação da Free São Paulo, Ernesto Zanon, negou as acusações feitas sobre o material, por "se basearem em fatos, em depoimentos", dentre eles até o do promotor de justiça, Márcio Friggi, titular do caso Celso Daniel. Ele também negou qualquer vínculo partidário com o PSDB.Histórico. Em pelo menos outras cinco reportagens de capa, a revista Free São Paulo opta por temas políticos que confrontem o PT e o PSDB. Numa delas, do dia 12 de abril, em cuja capa está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o repórter afirma que "analistas asseguram que o tucano (FHC), com menos recursos que Lula, fez mais para o País". Em outra, do dia 12 de janeiro, intitulada por "Universitários sob ameaça", a matéria relata ameaças das faculdades que, descontentes pelas dificuldades em receber os repasses do governo federal, romperiam com o então ministro da Educação, Fernando Haddad - hoje, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. "Como um desconhecido de maior parte dos paulistanos, sem nunca antes ter disputado uma eleição , pode conseguir desbancar nomes favoritos, de partidos como PSD, PSDB ou DEM, no comendo do Executivo paulistano?", prova a revista. O diretor da revista informou que a Polícia Militar apreendeu, na tarde desta quinta, um lote de exemplares em Mauá, na grande São Paulo, onde a administração é petista. Segundo Zanon, foram recolhidas cerca de 535 revistas no centro da cidade.

 

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