PUBLICIDADE

PT precisa se renovar, diz Dirceu

Ex-deputado afirmou que vai defender ´aprofundamento das transformações sociais, econômicas e políticas que começaram com a vitória do PT e do Lula em 2002´

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-deputado José Dirceu defendeu nesse sábado, 10, a renovação do PT. Participando da reunião da seção do Centro-Oeste do Campo Majoritário, principal corrente do PT, Dirceu disse que a chamada tese da refundação petista já foi abandonada, mas que a renovação é necessária. Os petistas estão reunidos para concluir as teses que apresentarão no congresso nacional do partido, que acontecerá em julho, no Distrito Federal. O prazo de entrega de teses termina na segunda-feira. "Essa tese (da refundação) foi, na prática, abandonada. O PT precisa se renovar, se reformar. Ele é um partido político e a conjuntura muda. O País muda e o próprio partido tem que se debruçar sobre seus próprios erros, experiências e mudar", disse. Dirceu afirmou que vai defender "o aprofundamento das transformações sociais, econômicas e políticas que se iniciaram com a vitória do PT e do Lula em 2002". "A política econômica já vive outro momento. Graças à estabilidade e às conquistas do primeiro governo do Lula hoje vivemos um momento com o PAC, com a redução dos juros, com a aceleração da integração da América do Sul. Com essas duas medidas que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na viagem à Argentina, a criação do Banco do Sul e as comercializações estruturais, com a contabilidade direta entre os dois países, sinaliza que estamos aprofundando a política econômica do Brasil". Queda dos juros O ex-ministro da Casa Civil voltou a defender a queda da taxa de juros e disse que sua redução não depende apenas de mudanças na diretoria do Banco Central, como ocorreu essa semana, com a saída do diretor de Política Econômica, Afonso Bevilaqua. "O problema não é mudar toda diretoria do BC, mas, como disse o ministro Guido Mantega, é o Brasil caminhar para um juros real de 5%. Quem abaixa os juros não é o BC. É o presidente e o CMN que estabelece as metas da inflação e define a política econômica do País. O BC simplesmente cumpre essas metas e as orientações do presidente da República. Isso é evidente", diz. "O BC, como sabemos, nos últimos anos têm focado sua principal meta que é a inflação. Mas o presidente, evidentemente, está buscando combinar isso com crescimento do emprego e maior crescimento do País. Senão não teria feito o PAC e as medidas que tem anunciado ultimamente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.