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PT pede suspensão de programas de Garotinho

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os sete deputados da bancada do PT na Assembléia Legislativa ajuízam hoje no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma representação acusando o governador Anthony Garotinho (PSB) de autopromoção e pedindo a suspensão dos programas comandados por ele na televisão e no rádio. O partido, que pretendia inicialmente entrar com o pedido na segunda-feira, também prepara uma ação popular para tentar obrigar o governador a devolver o dinheiro público que, eventualmente, tenha gasto nas duas produções. Segundo a representação eleitoral, Garotinho, possível candidato a presidente da República em 2002, está fazendo "intensa campanha publicitária de sua própria pessoa" em seu programa na Rádio Tupi. Os parlamentares alegam no texto que o governador "enaltece sua administração e sua própria pessoa em gritante agressão ao que dispõe o parágrafo 1º, do artigo 37, da Constituição Federal, além de configurar propaganda eleitoral vedada pelo artigo 240, da Lei nº 4.737/65, e pelo artigo 36, da Lei nº 9.504/97". Os deputados alegam que após meses em "intensa campanha de autopromoção sem que ninguém lhe coibisse o agir ilegal, o governador, incentivado pela impunidade, resolveu ampliar os meios de divulgação de sua campanha, inaugurando um programa semanal de televisão com o mesmo título ´Fala Governador´, na TV Record". A estréia foi sábado passado. Os deputados dizem que Garotinho usa, na produção, funcionários públicos ou terceirizados, "em evidente desvio de recursos públicos para patrocinar interesses privados." Em seu pedido, os parlamentares, além da suspensão dos programas, solicitam a sua proibição e que o governador seja multado. Assinam a representação os deputados Artur Messias (líder da bancada), Chico Alencar, Hélio Luz, Heloneida Studart, Carlos Minc, Cida Diogo e Paulo Pinheiro. Garotinho reagiu com ironia e concentrou suas críticas em Alencar, que tem atacado mais duramente o governador. "Acho que deviam oferecer o programa ao Chico Alencar. Talvez ele, em 45 minutos não tivesse o que falar, porque no meu é difícil falar tudo o que estamos fazendo. Não vejo nada demais (na representação). Só espero que (Alencar) aja com um mínimo de decência".

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