PT pede direito de resposta no TSE contra Bolsonaro sobre suposto 'kit gay'

Campanha do petista afirma que conteúdo propagado pelo oponente na disputa presidencial é falso

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Por Amanda Pupo (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedido de direito de resposta contra o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, em torno da divulgação do suposto 'kit gay', que, segundo a campanha do petista, é conteúdo falso propagado pelo oponente na disputa presidencial. A defesa ainda pede que o TSE determine a retirada de postagens que teriam mensagens inverídicas no Facebook, Twitter e YouTube.

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro Foto: FABIO MOTTA / ESTADÃO

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Os advogados do PT afirmam que, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 28 de agosto, Bolsonaro mentiu e difundiu a falsa ideia de que o livro "Aparelho Sexual e Cia" seria distribuído em escolas públicas. "E que, segundo vídeo que circula em redes sociais, seria inadequado para crianças e jovens brasileiros", afirmam.

Segundo a defesa de Haddad, o livro "não fez parte de qualquer kit escolar", nem do material que o candidato do PSL chama de 'kit gay', "que, por sua vez, era parte de um programa do governo chamado 'Escola Sem Homofobia', e que nunca chegou a ser posto em prática". 

Na ação, que está sob relatoria do ministro Carlos Horbach, a defesa do petista ressalta que a informação foi desmentida pela editora do material e pelo Ministério da Educação. 

"O candidato vem proferindo essa grave mentira há mais de anos. A informação de que o livro seria distribuído em escolas públicas começou a ser difundida por Bolsonaro no dia 10 de janeiro de 2016 através de um vídeo que publicou no Facebook", observam. 

São apontadas também postagens de Bolsonaro e de seus filhos, Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, que falaram sobre o material nas redes sociais. 

"As manifestações das representadas atacam Fernando Haddad com informações inverídicas, difamatórias e injuriantes, sem qualquer legitimidade ou fundamento, constituindo-se em um verdadeiro manifesto político que agride o partido representante, sem qualquer possibilidade de contraditório, contraponto ou debate", assinala a defesa. 

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