PT pede a líder do governo de SP que proponha CPI para cartões

PUBLICIDADE

Por CARMEN MUNARI
Atualização:

O deputado estadual Ênio Tatto (PT), líder da minoria na Assembléia Legislativa de São Paulo, propôs que o líder do governo na Casa encaminhe um pedido de CPI para investigar os gastos com o cartão de débito do governo paulista. Caso o deputado Barros Munhoz (PSDB) se recuse, na semana que vem, Tatto pretende encaminhar pessoalmente o requerimento da CPI. "Se ele não fizer o pedido, na terça-feira vou pedir para ele assinar o requerimento da minoria", disse Tatto nesta sexta-feira. O deputado explicou que a oposição tem dificuldade em encaminhar um pedido de CPI. São necessárias 32 assinaturas dentre os 94 deputados estaduais, e a oposição só tem 25 representantes. "Os saques em dinheiro é o que mais nos preocupa pela dificuldade de fiscalização", disse Tatto. Em 2007, primeiro ano do governo José Serra (PSDB), os gastos com cartão de débito chegaram a 108,3 milhões de reais. Deste total, 48,3 milhões foram saques em dinheiro. "Se for comprovado que há malversação do dinheiro público usado nos cartões de débito, aí eu apoiaria uma CPI", disse o líder do governo. Dados coletados no Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo) pela liderança do PT na Assembléia indicam gastos de cerca de 13 mil reais da Secretaria de Segurança em uma churrascaria em Campos do Jordão, cidade de veraneio do Estado, em apenas três dias. Já a secretaria de Economia e Planejamento gastou com o cartão 55 reais no Rei das Mágicas, na capital paulista, no dia 28 de novembro do ano passado. O governo paulista se manifestou por meio de nota explicando o mecanismo de utilização dos cartões, mas sem esclarecer o volume de gastos e seus fins. (Edição de Mair Pena Neto)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.