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PT nega que modelo proposto esteja ligado ao de Chávez

Partido estabeleceu bases de uma ampla reforma na comunicação de massa e sugeriu criação de uma rede pública de TV nos moldes da BBC britânica

Por Agencia Estado
Atualização:

Os petistas deixaram claro que não aceitam qualquer tentativa de ligar suas propostas para a comunicação com as ações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Recentemente, Chávez anunciou que não vai renovar a concessão da RCTV, emissora que acusa de ter apoiado a oposição na tentativa de golpe que sofreu. No segundo governo Lula, o PT quer acelerar seus planos para uma ampla reforma da comunicação de massa, exposta na resolução aprovada pelo Diretório Nacional, no sábado. A idéia é aproveitar a revolução tecnológica, especialmente a TV digital, para introduzir concorrência no que considera monopólio privado, conservador e prejudicial ao País. Para o deputado Jilmar Tatto (SP), terceiro vice-presidente do partido, "a TV digital permite um debate com outra configuração". Ele disse que citou a criação de uma rede pública de TV nos moldes da BBC britânica, para que não digam que quer copiar Chávez. A emissora citada é caracterizada pela gestão pública, mas com independência editorial em relação a governos. O deputado estadual gaúcho Raul Pont, da tendência de esquerda Democracia Socialista, também afirmou que o PT não defende um modelo chavista. "Se tem uma coisa difícil de acontecer é ter um Chávez no PT", disse. "Essas coisas verticalizadas não são nossa tradição." Apesar disso, após visitar a Venezuela e participar de um programa de TV com o presidente, ele elogiou a programação. "Não vi nenhum noticiário flagrantemente a favor do Chávez", disse. "Achei que lá exploravam os temas de maneira mais analítica."

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