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PT não tem legitimidade para defender o social, diz Cesar Maia

Por Agencia Estado
Atualização:

Na primeira reunião com dirigentes do PSDB para coordenar a aliança municipal, o prefeito do Rio e candidato à reeleição, Cesar Maia (PFL), afirmou que o PT não terá legitimidade para usar o discurso social na campanha eleitoral deste ano. ?Conheço e respeito o presidente Lula, que tem sido um bom presidente para o Rio. Será que ele deixou de ser humano porque o salário mínimo ficou em R$ 260 e o desemprego continua tão alto??, indagou Maia. ?Agora esse discurso social acabou. Eles (o PT) estão no governo há um ano e meio. Isso tira deles o discurso pela questão social, de que são os sensibilizados e nós, os frios, técnicos e impassíveis.? Maia defendeu a aprovação de leis federais que permitam a municipalização da segurança pública em cidades com mais de 3 milhões de habitantes, caso do Rio e de São Paulo. O prefeito do Rio, que terá como vice o deputado estadual Otávio Leite (PSDB), escolhido em prévia do partido no domingo, disse acreditar que a aliança PFL-PSDB é o caminho natural das duas legendas. ?Um setor do PSDB cometeu o erro fatal de, depois das eleições de 1998, se aproximar do PMDB. Isso explica muito o que aconteceu depois. Foi um equívoco. Defendi e defendo que PSDB e PFL fiquem juntos.? Segundo ele, o PSDB deverá ter pelo menos duas secretarias, caso ele seja reeleito. Quanto à dívida do município, Maia foi irônico: ?Se o prefeito tiver segundo grau completo e souber a regra de três e a tabuada de cabeça, não vai ter dificuldade. Mas não vejo esses méritos em todos os candidatos.? Maia disse que só deverá participar de campanha nas ruas da cidade a partir de setembro. Para Maia, a sua eventual reeleição deve custar cerca de R$ 5 milhões. ?Faço campanhas muito baratas. As campanhas muito caras geram imobilização do governante, por isso governo com autonomia completa dos grupos econômicos.? No almoço, do qual participou o presidente de honra do PSDB no Rio, ex-governador Marcello Alencar, ficou decidido o conselho político e o grupo que ficará responsável pela coordenação do programa de governo da coligação, que reúne também o PTB e o PV.

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