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PT não precisa aguardar Lula para se articular, diz Wagner

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, alertou que o PT e outros partidos que integram a base do governo não precisam ficar parados aguardando uma definição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito de sua candidatura à reeleição. Segundo Wagner, os partidos da base têm que se movimentar e fazer as articulações nos Estados visando as próximas eleições, independente do nome escolhido. "Sendo o presidente ou outro nome, teremos um candidato do governo que vai defender esse governo e a continuidade do que vem sendo feito", disse o ministro. Ao comentar as críticas feitas ontem pelo prefeito de São Paulo, José Serra, contra a política econômica, o ministro disse que esse tipo de crítica é normal em ano de eleições, mas acrescentou que o presidente Lula tem uma posição clara de não antecipar o debate eleitoral. De acordo com Jaques Wagner, o critério básico para uma definição do presidente não são as pesquisas eleitorais, mas "critérios pessoais". Lula, segundo Wagner, "precisa ter convicção de que poderá fazer mais do que está sendo feito". Outro critério, de acordo com, o ministro "é a posição já manifestada por Lula sobre a reeleição". Em várias ocasiões, Lula declarou ser contra o instituto reeleição. Wagner acrescentou que, do ponto de vista legal, o presidente tem até junho, na convenção do partido, para definir a sua posição sobre uma candidatura a reeleição. "Eu coloquei que achava que o tempo razoável (de uma definição) é o primeiro trimestre deste ano, mas não sou eu que controlo o tempo do presidente. A decisão é dele", afirmou o ministro. O ministro disse ainda acreditar que, mesmo na hipótese de estar mal colocado nas pesquisas, o espírito do presidente é de se candidatar para defender o seu governo e o partido. Lula também vai continuar governando e realizando as suas viagens pelo Brasil, disse o ministro. "O presidente vai reduzi-las (as viagens) e vai continuar fazendo o que fez ao longo dos últimos três anos. Mesmo com as críticas da oposição, ele não deixará de viajar."

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