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PT mira empresa ligada a Paulo Preto

Partido vai pedir que procuradoria de SP apure se firma que tem como sócios genro e mãe do ex-diretor da Dersa trabalhou no Rodoanel

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A liderança do PT na Assembleia vai requerer à procuradoria Geral de Justiça de São Paulo investigação sobre a empresa Peso Positivo Transportes, Comércio e Locações, que tem como sócios o genro e a mãe do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Ele é apontado pelos petistas como arrecadador de recursos para a campanha dE José Serra.

 

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Deputados do PT localizaram contrato de locação de guindastes entre a Peso Positivo e uma das maiores empreiteiras do País, que integrou o consórcio contratado para construir o Trecho Sul do Rodoanel. A obra era administrada e fiscalizada pessoalmente por Paulo Souza - ele ocupou a direção de Engenharia da Dersa de 2007 a abril deste ano, quando foi demitido.

 

"A informação que recebemos, com absoluta segurança, é de que essa empresa é fornecedora da empreiteira na obra do Rodoanel", declarou o deputado Antônio Mentor, líder do PT na Assembleia. Ele explicou que a bancada de oposição ao Palácio dos Bandeirantes investigava os contratos do Rodoanel e de outras obras quando foi identificada a Peso Positivo.

 

Arquivos da Junta Comercial de São Paulo mostram que a empresa foi constituída em 30 de julho de 2003, com capital social de R$ 100 mil. "Oferecemos a nossos clientes o que há de mais moderno em guindastes, transportes pesados e içamentos", diz o site da Peso Positivo.

 

No cadastro da empresa, consta um único arquivamento no contrato social - a alteração da atividade econômica da sede para "serviços de operação e fornecimento de equipamentos para transporte e elevação de cargas e pessoas para uso em obras", efetuada em 19 de outubro.

 

Os sócios da Peso Positivo são o empresário Fernando Cremonini - dono de 99% do capital - e a mãe de Paulo Souza, Maria Orminda Vieira de Souza - com 1% da empresa.

 

Cremonini é casado com Tatiana Arana Souza, filha de o ex-diretor da Dersa. Jornalista, Tatiana foi contratada como assistente técnica de gabinete em decreto assinado pelo então governador de São Paulo, José Serra, em 29 de janeiro de 2007. Ela atua no cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, com salário de R$ 4.595, incluindo gratificações.

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No último dia 12, a bancada do PT já havia pedido ao Ministério Público que apurasse a atuação de outra filha de Souza, a advogada Priscila Arana de Souza Zahan. Ela trabalha em um escritório de advocacia que representou empreiteiras contratadas para a execução das obras do Trecho Sul do Rodoanel. Na ocasião, a defesa de Paulo Souza asseverou que Tatiana jamais trabalhou para a Dersa.

 

O Estado procurou ontem à tarde a Peso Positivo em sua sede, no Sacomã, zona sul de São Paulo, mas até as 19h45 a empresa ou seus representantes não havia retornado o pedido de entrevista.

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