PT fecha acordo com tucanos na Assembléia de São Paulo

Com a 2ª maior bancada, a adesão petista pode garantir a vitória de Vaz de Lima

Por Agencia Estado
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O PT fechou acordo para apoiar o candidato do PSDB à presidência da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Vaz de Lima. Após reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 28, os dois partidos divulgaram uma carta para anunciar o compromisso. Além do PT, o parlamentar do PSDB conta também com o apoio do PFL, PTB, PPS e PV. A aliança foi selada sem que tenha sido definido quem fica com a quarta secretaria, a qual o PT tem direito por ter 20 deputados estaduais na próxima legislatura, conforme o critério da proporcionalidade. O PSDB é dono da maior bancada na Assembléia com 24 deputados. A eleição da Mesa Diretora paulista está marcada para 15 de março. Com a segunda maior bancada, a adesão dos petistas será decisiva para a vitória de Vaz de Lima, que disputará o cargo com o deputado Antônio Salim Curiati (PP), o parlamentar mais antigo da Casa em seu nono mandato. Composição da Mesa O líder da bancada petista na Casa, Ênio Tatto informou que os tucanos aceitaram os termos propostos pelo PT para a presidência da nova legislatura, que ficará no posto pelos próximos dois anos. Dentre esses pontos, os petistas incluíram a autonomia da Casa com relação ao governo do Estado, levando em conta que o novo governador, José Serra, é do mesmo partido de Vaz de Lima. Agora, os partidos irão discutir como vai ficar a composição da Mesa Diretora e das comissões da Casa. Pelo acordo firmado, essas composições também deverão respeitar o princípio da proporcionalidade. Questionados se o apoio oficializado, hoje, na Assembléia, ocorreu em função de um eventual acordo firmado pela ala do PSDB comandada pelos governadores José Serra e Aécio Neves em prol da candidatura do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SDP), os deputados estaduais tucanos e petistas desconversam e insistem que o acordo firmado em São Paulo tem como ponto principal o respeito à proporcionalidade. Para conquistar a presidência, o vencedor precisa ter o voto de 48 dos 94 parlamentares. Na eleição passada, Rodrigo Garcia (PFL) venceu o adversário por uma diferença de apenas 2 votos - placar de 48 a 46. (Com Silvia Amorim e Elizabeth Lopes) Texto ampliado às 17 horas

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