27 de novembro de 2011 | 18h29
Durante a reunião promovida ontem pelo diretório municipal do PT no Rio para anunciar a aliança, porém, o acordo foi questionado pelo deputado federal Alessandro Molon, candidato do PT à prefeitura em 2008. "O PMDB quer usar o PT como burro de carga, como ferramenta para manter o poder. O PT não vai ter nenhuma participação nas decisões e não pode se submeter a isso", diz Molon, que pretende mobilizar militantes contra a aliança. "Muita água ainda vai rolar, não há nenhuma garantia de que essa aliança realmente será firmada".
Em 2008, PMDB e PT também cogitaram uma aliança, que teria Molon como cabeça de chapa e o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, como candidato a vice. Mas o PMDB acabou lançando Eduardo Paes, que venceu. "Molon tem direito de questionar e discutir isso, mas não acredito que consiga reverter essa posição do partido, porque a posição dele é solitária", afirma o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ). "A concretização da aliança depende de duas outras coisas: da flexibilidade do PMDB para incluir propostas do PT em seu programa de governo e de acordos em outros municípios", disse.
"Caso a aliança seja feita, será a primeira vez desde que as eleições municipais voltaram a ser promovidas, em 1985, que o PT não terá candidato próprio no Rio. Então, em outros municípios, como São Gonçalo, os candidatos petistas devem ser apoiados pelo PMDB", disse Palmares, ele mesmo pré-candidato a prefeito na cidade da região metropolitana do Rio.
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