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PT do Rio suspende direitos partidários de Jorge Babu

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

Acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por formação de quadrilha e extorsão, o deputado estadual petista Jorge Luiz Hauat, o Jorge Babu, teve punição branda determinada hoje pela Executiva do PT no Rio: suspensão dos direitos partidários por dois meses. Hoje mesmo foi aberto processo na comissão de ética, que terá o mesmo prazo para apresentar o parecer final. Presente à reunião, Babu, suspeito de liderar uma milícia na zona oeste do Rio de Janeiro, comemorou o resultado. Questionado sobre a suspensão, disse estar "muito satisfeito". "O que eu não queria era ser expulso do PT, do partido pelo qual sou apaixonado. Queria tempo para me defender, eu quero ser investigado. Não sou miliciano", declarou o parlamentar. O presidente do PT fluminense, Alberto Cantalice, disse que a suspensão "é a punição máxima" prevista pelo estatuto, nesta altura do processo, quando ainda não há uma recomendação da comissão de ética. "O estatuto não prevê expulsão sumária", explicou. A suspensão dos direitos partidários significa que Babu não pode participar de reuniões do PT nem se apresentar como representante do partido. Segundo Cantalice, a bancada petista na Assembléia Legislativa vai decidir os limites da atuação do deputado como representante do PT no Legislativo. Além do deputado Babu, a comissão de ética vai ouvir testemunhas e apresentará um parecer ao diretório estadual, instância superior de deliberação partidária. A decisão final caberá ao diretório, que poderá considerar o parlamentar inocente e aceitar que fique no partido ou julgá-lo culpado e expulsá-lo do PT.

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