PT do Rio assumirá secretarias no governo de Cabral

Apesar da aprovação, partido saiu dividido da reunião. As secretarias são a do Meio Ambiente e a da Ação Social e foram convidados Carlos Minc e Benedita da Silva

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Por onze votos contra oito abstenções, a executiva regional do PT fluminense decidiu nesta terça-feira aceitar o convite do governador eleito, Sérgio Cabral Filho (PMDB), para ocupar as secretarias de Meio Ambiente e da Ação Social, mas saiu dividido da reunião. Embora o presidente do PT local, Alberto Cantalice, insistisse para que nenhum petista se opusesse à participação no governo - foram convidados por Cabral Filho o deputado estadual Carlos Minc e a ex-governador Benedita da Silva--, o ex-deputado Vladimir Palmeira não se conformou com o resultado. Ele não queria o acatamento da decisão, por considerar que a legenda não discutiu suficientemente o convite, e vai levar o debate à próxima reunião do diretório regional, marcada para dezembro. "Até o diretório, é guerra", prometeu o ex-parlamentar. Ele e seu grupo reclamam que o convite foi feito oficialmente ao partido na última quinta-feira, 16, tendo sido discutido na sexta, pela comissão nomeada pelo diretório para negociar com o governador eleito. Depois, veio o fim de semana prolongado e a reunião desta terça, sem que a legenda tivesse tempo de discutir politicamente a proposta. Foram duas votações importantes. Primeiro, por dez a nove, a executiva resolveu que decidiria nesta mesma terça-feira a questão - o grupo de Vladimir queria adiar a decisão. Por trás dessa proposta, estava uma tentativa de não dar poder demais a Minc e Benedita. Em uma proposição conciliatória, a executiva aprovaria um "indicativo de participação" e decidiria se confirmava ou não a indicação. O diretório ficaria como instância de recurso. Mas a maioria não aceitou. Na segunda votação, com o voto da líder do partido, Inês Pandeló, que na decisão anterior votara com o grupo de Vladimir, decidiu-se pela participação regional.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.