02 de março de 2010 | 11h26
O ex-presidente do diretório local do PT, Chico Vigilante, anunciou, há pouco, que pedirá ao Ministério Público Eleitoral que investigue suposta prática de caixa 2 na campanha eleitoral que elegeu o deputado distrital Wilson Lima (PR), atual governador interino do Distrito Federal.
Veja também:
Prazo para renúncia termina em abril
Defesa de Arruda suspeita de manipulação
Governador vai à missa pedir estabilidade
STJ diz que prisão de Arruda foi necessária
Deputado deve entregar renúncia na segunda
Wilson Lima, de acordo com denúncia publicada na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo, usou recursos próprios, da ordem de R$ 195 mil, para fazer sua campanha, em 2006. O valor é 55% maior do que o salário anual de deputado distrital. Não é crime, segundo a lei eleitoral, um candidato doar para a própria campanha valores maiores que seus rendimentos.
Para justificar o dinheiro usado na campanha, Lima disse ao jornal que vendeu alguns veículos, dentre eles um micro-ônibus, que, segundo um deputado, foi repassado a Edilair da Silva Sena, diretora de Recursos Humanos da Câmara. Edilair, porém, ainda de acordo coma denúncia da Folha de São Paulo, negou ter comprado o micro-ônibus. O veículo está registrado em nome de uma empresária que nega conhecer o deputado. A assessoria de imprensa do governador afirma que há não irregularidades nas contas de campanha de Lima, "tanto é que as contas foram aprovadas sem ressalvas".
Chico Vigilante afirmou que Edilair da Silva Sena é funcionária comissionada da Câmara, indicada por Wilson Lima. "Ela é funcionaria da confiança dele e pelo que está na reportagem, ele deve ter usado ela como laranja", disse.
Se o ministério Público eleitoral acatar a representação de Chico Vigilante, deve ser aberta uma investigação e Wilson Lima pode chegar a ser alvo de denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral do DF.
Encontrou algum erro? Entre em contato