PT diz que plebiscito para nova eleição é ‘inviável’

Presidente do partido classifica proposta de Dilma como ‘artifício para tentar enganar quem não vai ser enganado’

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Por Ricardo Galhardo , Vera Rosa e André Ítalo Rocha
Atualização:

O PT demonstrou nesta quinta-feira,  que não confia numa reversão do afastamento da presidente Dilma Rousseff. O presidente da legenda, Rui Falcão, descartou a convocação de um plebiscito para a realização de nova eleição presidencial. Para ele, a ideia é “inviável” na prática e não teria o efeito de convencer senadores a votar pela volta de Dilma.

Segundo Falcão, na melhor das hipóteses, a nova eleição aconteceria apenas em 2018, quando termina o atual mandato. O dirigente classificou a medida de “artifício para tentar enganar quem não vai ser enganado”. “Não vejo viabilidade nenhuma”, afirmou ele depois de uma reunião da Executiva Nacional do PT, em São Paulo.

Rui Falcão (centro) durantereunião do PT em São Paulo Foto: Sérgio Castro/Estadão

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O petista reiterou que o plebiscito não é capaz de mudar votos a favor de Dilma e informou sua posição à presidente afastada, que pretende incluir a proposta em uma carta à população a ser divulgada semana que vem. Dilma manifestou contrariedade ao saber que Falcão foi na contramão do que ela defende.

Governabilidade. Para o presidente do PT, seria mais viável um plebiscito com outras questões. “Acho possível a presidente solicitar um plebiscito para o povo se manifestar sobre como ampliar a governabilidade no País, sobre qual a melhor forma para aperfeiçoar o sistema político e eleitoral”, afirmou.

O PT vai apoiar as manifestações contra o presidente em exercício Michel Temer marcadas para esta sexta-feira, no Rio de Janeiro, e segunda-feira, em várias cidades, mas poucos petistas acreditam em uma reviravolta.

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