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PT deve definir candidatura a governo de SP só em outubro

Ciro Gomes (PSB) ainda não definiu para qual cargo irá se lançar e Palocci pede tempo para tomar decisão

Por e da Agência Estado
Atualização:

O silêncio do deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) e a indefinição sobre a transferência do domicílio eleitoral do também deputado Ciro Gomes (PSB-CE) esfriaram as articulações do PT paulista para definir o candidato à sucessão do governador José Serra (PSDB) em 2010. Até mesmo as conversas para a formação de uma frente de oposição ao PSDB em São Paulo só devem ser definidas no início de outubro, quando as mudanças de legenda estiverem proibidas e Palocci voltar à cena política.

 

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Absolvido no Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, Palocci pediu mais um tempo ao partido para tomar uma decisão sobre seu futuro político. O ex-ministro da Fazenda evita aparições públicas após a decisão do STF e, segundo sua assessoria de imprensa, a agenda está restrita a atividades parlamentares em Brasília (DF).

 

Nos bastidores, o placar equilibrado de 5 a 4 favorável a Palocci foi mais um motivo para que o deputado esperasse a "poeira baixar e as notícias sobre ele diminuírem, para que tomasse uma decisão", disse uma fonte à Agência Estado.

 

Já Ciro Gomes se diz tentado a concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não descarta encabeçar a coligação que buscaria derrubar o PSDB do governo paulista. A decisão, no entanto, será tomada em conjunto com o próprio Lula, na avaliação do presidente estadual do PT, Edinho Silva.

 

"A gente já conversou sobre um projeto amplo para São Paulo, mas o Ciro é leal ao presidente Lula, que deve influenciar se a opção será tentar a candidatura em São Paulo", afirmou Edinho. "Tudo deve clarear após acabarem os prazos de transferência de domicílio eleitoral e de filiação partidária (no início de outubro)", completou.

 

Entre possíveis mudanças partidárias, a que mais aflige o PT é a possível ida do prefeito de Campinas (SP), Hélio de Oliveira Santos (PDT), para o PMDB, onde integraria uma coligação no Estado para apoiar Serra para presidente da República. "Acho que o Hélio, pelo apoio que tem dado ao Lula e por Campinas ser uma das cidades mais beneficiadas pelo governo vai manter o apoio ao presidente", concluiu Edinho.

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