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PT define hoje sucessor de João Paulo na Câmara

Por Agencia Estado
Atualização:

A bancada do PT decide hoje o nome do petista que vai suceder o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) na presidência da Câmara. A disputa será entre quatro pré-candidatos escolhidos em votação secreta ontem à noite. Os dois mais votados - Virgílio Guimarães (MG) e o líder do governo, Professor Luizinho (SP) - integram o chamado campo majoritário do PT. A expectativa é a de que um deles abra mão da disputa na votação de hoje, para não haver divisão dos votos. Na prévia de ontem, cada deputado petista votou em três nomes. "Poderá haver um acordo completo ou parcial no processo de votação de amanhã (hoje)", disse Guimarães, que ficou em primeiro lugar na disputa, com 47 votos. "Dois fatores são fundamentais para a definição do nome: trânsito interno na bancada e trânsito na Casa", afirmou Luizinho, que obteve 42 votos e ficou na segunda colocação. Dos 90 deputados do PT, 76 participaram ontem da votação para escolha do candidato à presidência da Câmara. O líder do PT, Arlindo Chinaglia (SP), e o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) ficaram empatados, em terceiro lugar, com 39 votos cada um. Ambos pertencem a correntes de centro no PT, que não integram o campo majoritário do partido. "Na votação de amanhã (hoje) deve prevalecer a possibilidade de cada deputado votar em apenas um nome. É a forma de se romper com eventuais chapas", defendeu Chinaglia. Também foram candidatos na prévia os deputados Paulo Delgado (MG), que obteve 35 votos, e Walter Pinheiro (BA), que ficou com 23 votos. No último momento antes da votação, o deputado Paulo Rocha (PA) desistiu de se lançar candidato. Para o presidente nacional do PT, José Genoino, a disputa interna na bancada para a presidência da Câmara é natural. Ele argumentou, no entanto, que o método que levou à escolha de quatro nomes ontem tem distorções. "Não significa que quem ficou em primeiro lugar é o candidato com maior chance de vitória", disse Genoino. Ele observou que cada deputado escolheu três nomes sem indicar qual era o seu candidato preferido. Esse método de escolha provocou protestos de Pinheiro. "Isso é uma anomalia. O peso da primeira opção do deputado é igual ao da segunda e terceira", criticou. Pela tradição, na Câmara, o maior partido indica o presidente da Casa. Mas o próprio PT, no passado, já se insurgiu contra essa regra e lançou candidatos avulsos à presidência. Agora, o líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), avisou que é aspirante a candidato à vaga e espera contar com o apoio dos tucanos e de parte do PMDB.

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