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PT defende mudança sem aventuras e rupturas, diz Genoino

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente nacional do PT, José Genoino, garantiu hoje que a legenda defende mudanças no governo sem "aventuras e rupturas". A afirmação foi feita em entrevista divulgada esta manhã ao site do partido e coincide com as informações segundo as quais o Palácio do Planalto não teria gostado da nota que o Partido dos Trabalhadores divulgou na última sexta-feira, com críticas à política econômica do governo. Segundo o jornal "O Globo" as restrições à nota foram feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em conversa telefônica com Genoino no final de semana. "O PT é o partido das mudanças, mas defende que elas sejam processuais, sem aventuras e rupturas. A declaração dos petistas é muito clara e mostra que o partido está junto com o governo, exercendo um papel diferenciado", sustentou Genoino na entrevista ao site do PT. Na opinião do dirigente petista, o governo já criou bases sólidas para o desenvolvimento econômico, mas ressalta que o Brasil tem que crescer gerando emprego e renda. "Não é num estalar de dedos. Além de não haver sustos e abalos na gestão financeira, cambial e fiscal, é fundamental medidas criativas, diversificadas junto às cadeias produtivas e às regiões econômicas para que o País cresça". O presidente do PT disse ainda que a reforma política poderá dar maior "organicidade" aos partidos na relação com a população, se partir de três objetivos básicos. O primeiro, segundo ele, é democratizar o relacionamento com a sociedade, garantindo direitos de cidadania. O segundo, se trata da transparência do processo eleitoral, enquanto que o terceiro tem por finalidade dar funcionalidade às instituições. Sobre as eleições, Genoino afirmou ser contrário ao financiamento privado nas campanhas. "Tem de ser um financiamento público exclusivo. Mas isso só tem sentido com a fidelidade partidária e votação em listas pré-ordenadas", acrescentou. Ele comentou também que ainda é cedo par fazer prognósticos sobre os temas a serem abordados nas eleições deste ano.

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