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PT de SP lamenta falta de apoio de Marta a Haddad

Por Fernando Gallo
Atualização:

"A Marta está errando politicamente. A ausência dela materializa algo muito grave. Ela renuncia à sua liderança política no momento em que o PT mais precisa dela." Bastante incomodado com a ausência da senadora Marta Suplicy (PT-SP) na pré-campanha de Fernando Haddad em São Paulo, o presidente do PT paulista, Edinho Silva, deixa claro o desconforto que diversos líderes petistas manifestam nos bastidores há meses.No sábado, Marta, que evita a campanha desde o começo, faltou ao evento que oficializou a candidatura de Haddad. "O que a sociedade, as lideranças do PT e inclusive o (ex) presidente Lula e a presidenta Dilma esperam dela é que ela entenda o projeto político que está em disputa na capital paulista e cumpra o papel de liderança nesse processo."Segundo Edinho, Marta se tornou uma das maiores lideranças do PT não apenas por mérito próprio, mas também como resultado de um projeto coletivo dentro do PT. "A ausência materializa algo muito grave. Ela renuncia à sua liderança política no momento em que o PT mais precisa dela na cidade de São Paulo, e não só aos olhos da militância do PT, mas da sociedade paulistana, paulista e brasileira. É um erro gravíssimo", afirmou.Para ele, isso não significa que o PT abre mão da senadora na campanha de Haddad. "Nunca abriremos mão da participação da Marta por tudo o que ela representa. Mas não tenho nenhuma dúvida de que a minha fala chama a atenção da Marta para que ela reveja essas posições e entenda que o PT e o Fernando Haddad precisam dela neste momento. A sociedade paulista precisa da sua força política, da experiência que ela teve como prefeita, para que a gente possa construir um projeto que represente saídas do ponto de vista das políticas públicas, principalmente para os setores que mais precisam na cidade de São Paulo."Na opinião de Edinho, a campanha de Haddad ganharia "outra musculatura" com o apoio de Marta, que já tem apoio de Lula e da presidente Dilma Rousseff. "Mas se ela (Marta) infelizmente não entrar, por mais que fiquemos sentidos, vamos buscar a superação disso na força do projeto coletivo", explicou. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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