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PT cobra mudanças da política econômica para que governo recupere condições políticas

Partido avalia que alterar o rumo da Economia é essencial na disputa contra o impeachment e para o engajamento de movimentos sociais na defesa do mandato de Dilma

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Por Ricardo Galhardo e Ana Fernandes
Atualização:

Em reunião marcada para definir a estratégia de defesa do mandado da presidente Dilma Rousseff dirigentes petistas avaliaram que a mudança da política econômica do governo é fundamental na disputa contra o impeachment. Para o partido, a mudança nos rumos da Economia é um fator essencial para o engajamento dos movimentos sociais na defesa do mandato de Dilma.

Presidente estadual do PT do Rio de Janeiro Washington Quaquá Foto: Marcos de Paula/Estadão

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“Estamos certos de que esta batalha será também decisiva para reconstruir as condições políticas que permitam a implementação do programa eleito pelo povo brasileiro em 2014”, diz a resolução aprovada pela Executiva Nacional do PT na tarde desta sexta-feira, em São Paulo.

O documento, no entanto, fica aquém dos comentários e avaliações feitas pela cúpula petista durante a reunião. “O governo precisa criar uma agenda positiva. Sem se reconciliar com as ruas a sustentação de um processo de impeachment se transforma em uma tarefa muito difícil”, disse o presidente do diretório estadual do PT do Rio, Washington Quaquá.

O PT convidou representantes do Movimento dos Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Central de Movimentos Populares (CMP) e Levante Popular da Juventude para a reunião. Vários deles fizeram críticas ao modelo econômico do governo. “Não queremos apenas salvar o mandato da Dilma. É preciso salvar o governo Dilma”, disse o coordenador da CMP, Raimundo Bonfim.

Antes da reunião da Executiva petista, integrantes de vários movimentos participaram de um almoço no qual o impeachment foi tema de discussão. Na segunda-feira, 7, os movimentos voltam a se encontrar na sede do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, com presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para definir um calendário de mobilizações. A ideia é fazer um grande ato ainda este ano, possivelmente no dia 15 de dezembro, em São Paulo, e outro no início do ano que vem, em Brasília.