PSOL lança pré-candidatura de Chico Alencar no Rio

Deputado deve sair como candidato a prefeito; partido discutirá financiamento de empresas na campanha

PUBLICIDADE

Por Wilson Tosta
Atualização:

O PSOL vai decidir em sua II Conferência Eleitoral Nacional, em 29 e 30 de março, se aceitará financiamento de empresas na campanha municipal deste ano, informou nesta segunda-feira, 17,a presidente nacional da legenda, ex-senadora Heloísa Helena. No lançamento da pré-candidatura do deputado federal Chico Alencar à prefeitura do Rio de Janeiro, ela lembrou que em 2006, quando concorreu à Presidência da República, só aceitou contribuições de pessoas físicas, mesmo assim somente se não fossem empresários, por considerar essa condição inseparável da de cidadão. Contudo, a ex-senadora reconheceu que este ano, como há muitos candidatos a prefeito pelo partido, a questão será rediscutida. O PSOL veda em seus estatutos contribuições de bancos e multinacionais, não de outras origens. "Foi uma decisão pessoal, que foi respeitada", disse Heloísa, na sede regional do partido, na Lapa, no centro da capital fluminense. "Mas vamos discutir agora, até porque são vários candidatos e candidatas a esperar uma definição na conferência eleitoral agora no final de março." Chico Alencar sinalizou ser favorável a contribuições de empresas, respeitadas as restrições do estatuto partidário. "Vamos discutir isso aqui", disse. "Sou menos radical nesse sentido que a Heloísa, mas tenho minha vocação franciscana." Ele prometeu a divulgação semanal ou quinzenal das contribuições de campanha e defendeu o que chamou de "financiamento cidadão", por pessoas físicas. "Agora, se uma empresa eventualmente quiser contribuir, a gente vai estudar, ver se trata direito os seus trabalhadores, vai estudar e avaliar no coletivo", afirmou o pré-candidato, enquanto a ex-senadora, a seu lado, ria e fazia o sinal de "não" com o indicador. "Mas, pelas características da nossa candidatura, o financiamento cidadão é o melhor que tem", afirmou Alencar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.