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PSOL formaliza pedido de investigação

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Por Christiane Samarco , Eugênia Lopes , Denise Madueño e BRASÍLIA
Atualização:

O PSOL entrou ontem com representação na Mesa Diretora do Senado pedindo a abertura de processo por falta de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e o ex-presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Na representação, o partido defende a investigação dos 663 atos secretos baixados ao longo dos últimos 14 anos, que beneficiaram correligionários e parentes dos dois senadores. Integrado por 15 senadores titulares e 15 suplentes, o Conselho de Ética do Senado não está funcionando, à espera das indicações do PMDB. A representação do PSOL foi usada como um dos argumentos dos governistas para justificar a permanência de Sarney à frente do Senado. "Se o Conselho de Ética chegar e disser que o Sarney deve se afastar para responder todas as questões, aí ele se afasta", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Entramos com representação contra dois presidentes do Senado, cujos atos secretos estão sob suspeição relevante", afirmou ontem a presidente do PSOL, a ex-senadora e atual vereadora por Maceió, Heloísa Helena. "Só precisa de ato secreto quem privilegia o banditismo do submundo." Ela protocolou as duas representações acompanhada do senador do PSOL, José Nery (PA), e de três deputados do partido: Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS). O PSOL desistiu de fazer uma representação contra o ex-presidente Garibaldi Alves (PMDB-RN), depois que ele enviou carta à bancada do partido e à Executiva, na qual afirma que, se algum ato secreto atingiu o período de sua presidência, foi à revelia de seu conhecimento. "Ele teve um gesto de esclarecimento", observou Alencar. Além de pedir a averiguação sobre Sarney e Renan, o PSOL solicitou investigação sobre os negócios de José Adriano Cordeiro Sarney, neto do senador e dono da empresa Sarcris Consultoria, que faz intermediação de empréstimos consignados na Casa.

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