
25 de junho de 2009 | 12h00
O PSOL deve entrar ainda nesta quinta-feira, 25, com uma representação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A presidente do partido, Heloisa Helena, estava reunida pela manhã com o senador José Nery (PSOL-PA) e a deputada Luciana Genro (PSOL-RS) para analisar o tipo de representação que será formulada - se será um pedido de cassação de mandato ou para a saída dele do cargo. Nova denúncia de O Estado de S. Paulo aumenta pressão de senadores para que Sarney se licencie do cargo. Reportagem revela que um neto de Sarney - José Adriano Cordeiro Sarney - é um dos operadores do esquema de crédito consignado para funcionários da Casa.
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Dentro do escândalo dos atos secretos, usados para beneficiar familiares e protegidos de senadores e de diretores do Senado, Sarney teve vários parentes contratados para a Casa. Os decretos, muitos deles secretos, foram assinados na época em que Agaciel Maia, compadre do senador, comandava a poderosa diretoria-geral do Senado.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) antecipou à Agência Estado que defenderá, no discurso de hoje, que a "solução ideal" é que todos senadores integrantes da Mesa Diretora da Casa se afastem dos cargos e que Sarney se licencie da presidência.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que a situação de Sarney com a nova denúncia caminha para a "inviabilidade". O senador voltou a cobrar respostas imediatas e drásticas por parte de Sarney. "Não sei se é licença ou renúncia. Mas ele está indo mal e precisa responder com urgência. O que se desenha é uma crise institucional. Creio que seja a maior que já vi depois da ditadura militar. É uma crise maior que a do mensalão, porque envolve agora um poder mais fraco do que o Executivo", ressaltou.
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