PSOL cresce em Sorocaba e ataques se intensificam

Crespo, do DEM, afirma que Marcelo esconde apoio do PT; candidato socialista diz que rival é ‘o antigo da política’

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - O candidato do PSOL, Raul Marcelo, subiu 16 pontos no segundo turno e torna acirrada a disputa pela prefeitura de Sorocaba, interior de São Paulo. Na única pesquisa Ibope de intenções de voto para o segundo turno divulgada na segunda, 17, Marcelo tem 41%, enquanto seu adversário do DEM, José Crespo, aparece com 45% – situação de empate técnico, se considerada a margem de erro de quatro pontos porcentuais para mais ou para menos. Marcelo conseguiu a vaga no primeiro turno com 25% da votação válida, bem abaixo dos 45,18% de seu oponente.

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A pouca diferença nas intenções de voto esquentou o clima da disputa. Os dois candidatos passaram a trocar acusações no horário eleitoral gratuito. A campanha de Crespo alega que Marcelo esconde o fato de ser apoiado pelo PT. Também critica a inexperiência do adversário, que nunca exerceu mandato executivo, e o fato de ter apresentado poucos projetos de relevância em seu mandato na Assembleia Legislativa – ele é deputado estadual.

Ataques. Já a campanha do PSOL acusa o democrata de ser “fantoche” do ex-prefeito Renato Amary, do PMDB, principal apoiador de Crespo. A Justiça Eleitoral atendeu a um pedido do DEM e proibiu a campanha do adversário de veicular um vídeo em que eleitores fictícios fariam referência ao fato de que o apoiador desistiu de concorrer à prefeitura “porque não é ficha limpa”. A campanha de Marcelo explora ainda o fato de Crespo e seu apoiador terem sido inimigos políticos no passado.

Crespo diz que Renato não está inelegível, no entanto, abriu mão da candidatura para apoiá-lo. “Receber o apoio de quem foi o melhor prefeito de Sorocaba é um orgulho”, afirma. Os dois trocam farpas também quanto a cargos comissionados na prefeitura. Enquanto Crespo pretende recriar 158 cargos extintos pela atual administração por determinação da Justiça, Marcelo afirma que cargo comissionado é “cabide de emprego”.

Geração. A campanha do PSOL explora o fato de o candidato, advogado de 37 anos, ser jovem na idade e na vida pública, em contraponto à postura do adversário, também advogado, de 61 anos, que seria ligado “ao que há de mais antigo na política”. Já o candidato do DEM questiona as condições do adversário para administrar sem alianças e sem apoio da Câmara – onde a coligação de Crespo tem maioria – uma cidade de 650 mil habitantes.

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