10 de maio de 2012 | 18h24
Um dos defensores mais ferrenhos do projeto, o vereador do PT, José Américo, ironizou as manifestações ocorridas na manhã desta quinta-feira na Casa, comparando os cerca de 50 manifestantes com "os defensores do Golpe de 1964". E frisou: "Ganhamos a primeira (votação, ocorrida no dia 18 de abril) por ampla maioria e a tendência é ampliarmos a vantagem na segunda votação". O projeto da Prefeitura de São Paulo conta com maioria na Câmara dos Vereadores.
Apesar de fazer parte da minoria, o líder tucano adverte que as discussões de hoje mostraram que a sociedade não está sendo ouvida, por esse motivo a necessidade de novas audiências. "É um espaço de debate onde o povo se manifesta. Sou favorável (a uma nova audiência), quanto mais audiências públicas houver, melhor. Esse tema (cessão do terreno para o Instituto Lula) está muito mal resolvido. É uma doação ilegal e imoral. O PSDB é contra, quer conversar, o PSDB quer propor um (projeto) substitutivo", disse.
A votação, que estava prevista para a semana que vem, não deve ser realizada. Segundo o líder do governo na Câmara, Roberto Trípoli, a pauta não será posta em votação. "Eu te asseguro que não será na semana que vem. Não temos pressa. É algo importante, mas não é urgente", disse. O projeto foi proposto pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) no início de fevereiro. Em 18 de abril ocorreu a primeira votação, que deu ampla vitória ao governo, com 37 votos a favor, 11 contra e oito abstenções.
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