
30 de junho de 2009 | 17h55
Aliados de Sarney se prendem ao apoio manifestado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à permanência dele no cargo. A bancada do PMDB, em reunião de emergência, manifestou apoio ao presidente do Senado. O ex-líder do partido Valdir Raupp (RO) fez, mais cedo no plenário, um apelo aos líderes partidários para que deem 60 dias de prazo a Sarney, revelando a fragilidade do presidente da Casa.
A avaliação é de que Sarney ainda dispõe de uma maioria frágil no Senado. O problema é que ele terá de passar diariamente pelo constrangimento de ter um grupo de cerca de 20 parlamentares pedindo a sua saída no plenário. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu se afastar da presidência da Casa em 2007 depois que 17 senadores, em uma única sessão, pediram sua renúncia. Apesar de a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), subir a tribuna para defender Sarney, a bancada do PT está dividida e, qualquer decisão dos petistas, em reunião marcada para hoje, será politicamente desgastante para o partido.
Conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Sarney é um dos parlamentares citados entre os que teriam parentes beneficiados por meio de atos secretos adotados para criação de cargos, nomeações e aumentos salariais. Além disso, o esquema de crédito consignado no Senado, alvo de investigação da Polícia Federal (PF), inclui entre seus operadores José Adriano Cordeiro Sarney, neto do peemedebista.
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