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PSDB reforça conversas para barrar 3º mandato de Lula

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Por CIDA FONTES E CHRISTIANE SAMARCO
Atualização:

A preocupação com um eventual terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a tônica do jantar que reuniu ontem os principais líderes do PSDB. O temor parte sobretudo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador de São Paulo, José Serra. "Há uma convicção de que esse movimento é crescente", afirmou um dos participantes do encontro. Diante desse cenário, os tucanos devem reforçar as conversas internas para tentar interromper qualquer tipo de ação que leve ao terceiro mandato. A principal ação será no Congresso, adotando uma oposição mais firme ao governo de Lula. O grupo, formado por Fernando Henrique, Serra, o governador de Minas, Aécio Neves, e os senadores Sergio Guerra (PE), Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM), pensou em fazer uma nota para expressar a posição contrária à mudança de regras eleitorais pelo atual governo. Mas, entenderam ao final, que isso só ajudaria a reforçar o debate no PT, dando mais visibilidade ao assunto. Menos apreensivos que Fernando Henrique e Serra estavam o governador mineiro e o novo presidente do PSDB, Sérgio Guerra. Ambos acham que não há espaço político para "um golpe" dessa natureza. Eles avaliam que o próprio presidente Lula barraria esses movimentos por conta de seu passado ao lado dos setores democráticos e progressistas. Eles também entendem que o Congresso, a mídia e o Judiciário iriam reagir. CPMF Outro assunto do jantar dos líderes tucanos foi a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Os governadores de São Paulo e de Minas voltaram a defender a manutenção do tributo com receio de represálias do governo federal. No entanto, ouviram dos três senadores presentes que agora não dá para recuar e que a bancada está firme na posição de votar contra o tributo. "Não há dúvida de que não vamos alterar essa posição", afirmou Sergio Guerra.

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